Recomendado pela minha esposa, que é gestora, peguei no livro Sentido de Urgência (Actual Editora, 2009) de John P. Kotter, um prestigiado especialista em liderança e professor do Harvard Business School. No livro o autor começa por explicar a diferença entre complacência e sentido de urgência dentro das organizações. A escola é também uma organização, no sentido técnico da gestão. A meio termo entre a complacência e o sentido de urgência temos, segundo o autor, o falso sentido de urgência. O falso sentido de urgência, grosso modo, é quando temos muita coisa para fazer dentro da organização, mas todo esse trabalho é produtivamente ilusório, já que não produz qualquer urgência dentro da organização, o que implicaria mudança. Este quadro parece-me assentar bem no que é hoje em dia a tarefa de um professor dentro das escolas portuguesas, isto é, vive-se um clima de falso sentido de urgência, com dezenas de tarefas improdutivas para executar, ao passo que se despreza o sentido de urgência, precisamente aquele que constituiria o motor de inovação do ensino. Ainda vou no segundo capítulo do livro, mas não consigo desprender-me de um paralelo que página a página vou fazendo com as escolas e o sistema de ensino. Vamos ver o que dizem os capítulos seguintes.
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