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sábado, 23 de outubro de 2010

Teenagers

Um dos confortos maiores de viver na época em que vivo é a proliferação de estudos científicos que nos preparam melhor para compreender a realidade e o mundo. Pelo menos é preferível à explicação do pensamento mágico e religioso. Claro está que não temos tempo para acompanhar todos os estudos de todas as áreas e, ao passo que aqui há uns anos era preciso um bom filtro para saber quais os melhores livros para comprar, hoje em dia, no meio de muita trapalhada intelectual é muito fácil também encontrar livros que são resultado de estudos sérios e, melhor ainda, que aliam à seriedade do estudo, a preocupação em saber divulgá-los ao grande público. Não sei se estarei inteiramente certo se chamar a isto a democratização do saber. E é muito saboroso viver nesta liberdade. Só espero não estar enganado. Desde ontem que tenho estado ocupado com um livro que nada tem que ver com a filosofia, mas tem muito a ver com a faixa etária à qual ensino filosofia, os adolescentes. Teenagers, Uma história natural é o resultado de múltiplos estudos levados a efeito para compreender as idades dos teen, pelo inglês David Bainbridge. É um estudo de psicologia evolutiva aplicada a essa idade entre a infância e a idade adulta, um livro muito bem escrito e que discorre em todas as variantes que a nossa cultura pode abordar acerca desta idade, desde as condições emocionais até ao cérebro e a problemas relacionados com a espécie, como a questão sexual. Uma leitura saborosa, sem qualquer preconceito.  

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Psicologia B

Acabei de lançar um blog de apoio aos meus alunos do 12º ano, da disciplina de Psicologia B. Espero que seja útil para os estudantes. Pode ser visitado AQUI.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Afinal não há introduções sérias de coisa alguma!!!

41ApRsK0JyL._SS500_ Este ano lecciono psicologia ao 12º ano. Fui surpreendido por uma pergunta de uma aluna, habituada que foi a tal tarefa o ano passado quando foi minha aluna em filosofia: “Professor, recomende uma introdução geral à psicologia para lermos?”. De imediato me lembrei da minha pequena biblioteca constituída no meu segundo ano de professor, quando leccionei pela primeira vez esta disciplina. Entre os manuais que comprei na altura, a maioria são demasiado técnicos para seduzir um jovem para a disciplina. Lembrei-me do “Psicologia” de Jorge Correia Jesuíno, que está a meio caminho entre o livro técnico e o livro de divulgação, publicado na altura numa colecção da Difusão Cultural, que também inclui um volume dedicado à filosofia da autoria de Manuel Maria Carrilho. Mas temi que esse livro estivesse já desactualizado já que passaram uns bons anos desde a sua publicação. O mais impressionante é que os escaparates das livrarias estão cheios de livros de pseudo psicologia, os chamados livros de auto ajuda, mas com total ausência de introduções à psicologia que sejam sérias e dignifiquem a disciplina, para além de a divulgar ao público em geral. Isto faz-me crer que a generalidade das pessoas não têm só uma concepção infeliz da filosofia, como também a têm da psicologia e, provavelmente, da ciência em geral. E muitos dos problemas bibliográficos que pensamos ser exclusivos da filosofia, a verdade é que não o são e áreas há em que a fome e miséria é ainda mais aguda. Pelo menos os livros de pseudo filosofia ainda não abundam nos escaparates de filosofia (pese embora para lá vão parar alguns de religião e espiritismo ou patetismo místico). Com efeito, uma busca no Amazon americano e inglês deu-me logo a entender que boas introduções à psicologia abundam no mercado. Nem quero imaginar as outras áreas.

sábado, 19 de setembro de 2009

Bem vistas as coisas

Ser_Humano E pronto. Passei o dia com a Psicologia B. Este ano isto vai andar assim, a deambular pela filosofia e por outras disciplinas que são pertença do grupo. Não tenho o vigor para analisar manuais de psicologia como tenho para a filosofia (pelo menos não estou tão à vontade), mas ainda assim, o manual adoptado na minha escola (Ser Humano, Porto Editora) parece-me estar muito certinho. É verdade que tem um forte pendor histórico, o que me aborrece um pouco (e será que não aborrece os alunos?), mas também é verdade que antes do manual li integralmente o programa da disciplina e ele aponta para esse caminho. Mas a avaliação que aqui faço é outra. Para um programa de 3 blocos semanais, e com (vá lá, ao menos isso) uma gestão de bolsa de tempos para o professor acima do normal, o manual está muito bem apetrechado de ferramentas e sugestões de trabalho. Um pormenor interessante: tem até um bom lote de sugestões para a primeira aula, tendo em atenção que em regra os alunos não levam o manual para a primeira aula. As sugestões na barra lateral, para o professor, são efectivamente úteis direccionando para outras páginas, para o livro do aluno, para o cd rom do aluno e DVD do professor. Sinceramente não tenho maturidade suficiente com a disciplina para fazer avaliações de fundo, mas as impressões causadas são pelo menos boas. Posto isto, acho que é horinha de ler um pouco de filosofia. A opção em cima da mesa recai sobre algo levezinho como o Guia de Filosofia do Stephen Law ou o mais intenso, Viver para quê?, colectânea de textos sobre o sentido da existência organizados por Desidério Murcho. Já se vê!

Ainda a Psicologia B

Na primeira unidade, a genética, li que o ADN é uma substância química constituída por quatro substâncias químicas: a adenina, a timina, a citosina e a guamina. Ok, ensino isto aos alunos. E depois o que é que fazemos com este conhecimento? O manual que estou a seguir (Ser Humano, Porto Editora) está cheio destas definições. Elas são para dar aos alunos ou para que estes compreendam melhor a relevância da genética para a psicologia? E se o segundo caso for o verdadeiro – e parece que é segundo o programa – para que serve então neste nível perder tanto tempo com definições inúteis em termos de aprendizagem da disciplina? O que pensam os colegas que ensinam psicologia?

Programas próximos da realidade

6 O programa de Psicologia B, 12º ano, aponta – e bem no meu entender – uma permanente busca e pesquisa do estudante para construção do portfólio e mapas conceptuais. São 6 horas semanais reservados à disciplina. Para este tipo de trabalho prático, obviamente são consideradas algumas condições essenciais à sua boa consecução. A sugestão de trabalho vem na página 15 do programa, como a seguir sublinho. Eu não vou contar com as condições apontadas, pelo que o trabalho prático se reduzirá ao manual, eventualmente aos pc`s portáteis do e-escolas, uma sala de aula com um quadro e giz. Quantos colegas pelo país fora conseguem as condições anotadas no programa?

Para que as sugestões metodológicas aqui propostas sejam facilitadas, convém que a escola possua

uma sala de Psicologia, própria ou partilhada com outra disciplina; o importante é haver um espaço onde

os materiais a serem consultados e investigados pelos alunos estejam organizados. Em aulas de pesquisa, ganha-se o tempo de ir à biblioteca buscar os materiais e evita-se que professor e alunos «carreguem» permanentemente com eles. Esta sala deveria, idealmente, possuir uma aparelhagem de som, um televisor e um vídeo, bem como um computador ligado à Internet. Este facto permitiria, dentro da mesma aula, diversificar as actividades dos alunos. Do mesmo modo, a sala deverá contemplar espaços de arrumação para as pastas de portfolio, para arrumação de cartazes e dos materiais necessários à sua construção. A sala poderá estar espacialmente organizada de modo a facilitar e a estimular permanentemente a comunicação em todas as direcções e o trabalho em equipa.

Programa de Psicologia B, p.15