Para os alunos do 10º ano que querem antecipar algum trabalho
que vão ter pela frente, como a redação do ensaio argumentativo, no 3º período,
podem ver neste LINK(clicar
aqui) alguns trabalhos de estudantes. Esta coleção de trabalhos pertence ao
site do manual escolar, A Arte de Pensar (Plátano Editora) sendo que atualmente
o manual se chama 50 Lições de Filosofia.
Estes manuais são da autoria de várias pessoas, sendo que o núcleo forte é o
filósofo português Desidério Murcho, um dos mais ativos dos últimos anos em
Portugal e Aires Almeida, professor do ensino secundário e, entre outras
atividades, diretor de uma das mais importantes coleções de livros de filosofia
editadas no nosso país, a Filosofia
Aberta, da editora Gradiva.
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quarta-feira, 22 de outubro de 2014
sábado, 29 de março de 2014
Ensaios 2014 - Olá pequenos e pequenas filósofos(as)!!!
O ensaio de filosofia é a oportunidade que vos dou de,
no final do ano, se assumirem como verdadeiros e verdadeiras filósofos e
filósofas. É uma boa oportunidade de mostrarem que sabem defender
filosoficamente posições, que sabem argumentar em favor delas. Se o souberem
fazer e trabalharem sempre para isso, vão ser de certeza pessoas mais capazes
na vossa vida prática de resolverem problemas, convencerem as pessoas com boas
razões do que é justo e injusto, do que é certo e errado, do que é o
conhecimento e não é, de distinguir o que é ciência do que não o é e de, mesmo
entre os vossos amigos, de saberem discutir com racionalidade as questões mais
quotidianas como as do aborto, da arte, da guerra e da paz, da justiça, etc.
TEMAS DOS ENSAIOS:
· A
pobreza e a obrigação de ajudar
· Aborto
· A
definição da arte
· A
existência de Deus
· Distribuição
da riqueza
· O
estatuto moral dos animais não humanos
Associados a estes temas, temos problemas filosóficos
a tratar. Assim, segue a lista dos problemas:
· Teremos
obrigação moral de ajudar os mais pobres?
·
Será o aborto moralmente errado?
·
Poderá a arte ser definida?
·
Será que Deus existe?
·
Como fazer uma distribuição justa da riqueza?
·
Será que os animais não humanos têm direitos morais?
Se alguém quiser fazer outro tema dos não listados
contactem-me via email para verificar se tenho disponível bibliografia adequada
ao vosso nível. E, tal como vos disse na aula, também podem trabalhar temas e
problemas relacionados com as teorias estudadas. Um exemplo é este: será que
uma ação é certa ou errada dependendo apenas das suas consequências práticas?
Sobretudo, façam sobre um tema que gostem de aprender
mais umas coisas.
Enjoy!
terça-feira, 26 de março de 2013
Que ensino se ensina em Portugal?
Recentemente
conheci parte do trabalho de Adonai Sant`Anna. Professor Associado do Departamento de Matemática da UFPR (Universidade
Federal do Paraná). Autor de dois livros sobre lógica publicados no Brasil, e
de dezenas de artigos publicados em periódicos especializados de matemática,
física e filosofia, no Brasil e no exterior. Actualmente está trabalhando em
dois projectos cinematográficos, sendo que um deles visa uma crítica inédita às
universidades federais brasileiras.
A convite do autor redigi um primeiro texto de uma série que espero
continuar sobre o ensino em Portugal. Pode ser lido AQUI.
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Escrever Ensaios - Orientações
Alguns alunos têm colocado questões sobre o ensaio argumentativo a ser entregue até ao próximo dia 10 de Maio. Dei indicações de um documento que remetia para os aspectos principais do ensaio, ainda que nas aulas esses tópicos fossem explorados. Mas encontrei aqui um documento que sintetiza bem o que se pretende. Este é o LINK directo e reproduzo aqui o texto:
1. O que é um ensaio e o
que se espera que os alunos mostrem ao produzir um ensaio?
Um ensaio é um texto
argumentativo em que se defende uma posição sobre um determinado problema
filosófico. Os ensaios feitos por alunos do Ensino Secundário não devem ter
mais de 2 páginas (com uma fonteTimes New Roman, tamanho 11 e 1,5 de
espaço entre linhas), obrigando-os a concentrar-se no essencial e a deixar de
lado as meras associações de ideias.
O ensaio deve mostrar
que o seu autor sabe relacionar clara e correctamente os problemas, teorias e
argumentos em causa. Por isso deve ter a forma de resposta a uma pergunta.
Pergunta essa à qual se deve poder responder com um "sim" ou com um
"não", procurando o aluno avaliar criticamente os principais
argumentos em confronto, de modo a tomar uma posição pessoal na disputa.
Num ensaio, o aluno não
se pode limitar a dar a sua opinião. Tem também de avançar com argumentos e de
responder aos argumentos contrários. Caso não lhe pareça possível defender uma
das partes, deverá dizer, de forma argumentada, porquê.
2. Como se deve preparar
um ensaio?
Lendo criticamente o
pequeno conjunto de leituras indicadas pelo professor (1 ou 2 pequenos artigos
ou capítulos de livros) acerca do tema proposto. Nessas leituras devem
procurar-se as teses em confronto e os argumentos que as sustentam, bem como a
correcta compreensão do que está em causa. O aluno deverá guiar as suas
leituras tendo em conta a pergunta a responder, pois o objectivo não é fazer um
relatório de todos os argumentos e posições apresentadas nas leituras, mas que
seja capaz de isolar aqueles que acha mais pertinentes de modo a responder à
questão.
3. Como escolher o
título do ensaio?
A melhor maneira de
intitular o ensaio é apresentar o mais claramente possível o problema que se
vai tratar. E a melhor maneira de o fazer é colocar uma pergunta.
Exemplos de títulos de
ensaios podem ser:
- Será que quando fazemos juízos morais estamos
apenas a exprimir as nossas emoções?
- Será que os animais têm direitos?
- A pena de morte é moralmente aceitável?
- Será que as nossas acções são boas ou más apenas
em função das suas consequências práticas?
- Será que todas as obras de arte expressam
sentimentos?
- É a existência do mal compatível com a existência
de Deus?
Títulos como:
- A moral e as emoções
- Os direitos dos animais
- A pena de morte
- A arte e a expressão de sentimentos
- Deus e o mal
embora possam ser
adequados em ensaios mais longos e abrangentes, devem aqui ser evitados pois
não parecem obrigar os seus autores a tomar posição nem a ser críticos e
argumentativos. Além de que, a tentação de fazer um relatório de tudo o que
aprendeu sobre o tema em causa será mais forte perante tais temas.
4. Como se deve
estruturar o ensaio?
O ensaio deve ser estruturado de acordo
com as seguintes seis fases.
- Formular o problema e esclarecer de forma
rigorosa o que está em causa.
- Mostrar a importância do problema.
- Apresentar o mais claramente possível a tese que
se quer defender.
- Apresentar os argumentos a favor dessa
proposição.
- Apresentar as principais objecções ao que acabou
de ser defendido.
- Responder às objecções e tirar as suas
conclusões.
Em 1 muitas vezes não
basta formular o mais claramente possível o problema para as coisas ficarem
completamente claras e não haver margem para dúvidas ou ambiguidades. Temos
também de explicar as noções principais envolvidas. Quando, por exemplo, se
pergunta se os animais têm direitos, é preciso saber exactamente que direitos
são esses e dar exemplos concretos; assim como devemos deixar bem claro se nos
estamos a referir a todos os animais (incluindo os piolhos e as baratas) ou só
a alguns. Do mesmo modo, quando discutimos se a existência do mal é compatível
com a existência de Deus, temos de esclarecer que concepção de Deus temos em
mente (se é o Deus dos teístas, dos panteístas, etc., e o que isso significa),
pois há diferentes concepções acerca da natureza de Deus; assim como devemos
esclarecer de que tipo de mal se está a falar.
Em 2 devemos procurar
mostrar por que razão, ou razões, é importante que nos ocupemos do problema de
que nos ocupamos. Uma maneira de fazer isso é mostrar o que estaríamos a perder
se não o fizéssemos. Se, por exemplo, nos perguntamos se é imprescindível
estudar lógica formal em filosofia e a nossa resposta à questão for afirmativa,
então devemos mostrar que, se não o fizermos, não só nos arriscamos a cometer
erros de raciocínio, mas também a não compreender os raciocínios dos outros.
Em 3 devemos apresentar
a nossa posição. Isso deve ser feito mostrando qual é a proposição que irá ser
defendida. Por exemplo, em relação ao problema de saber se a existência do mal
é compatível com a existência de Deus, e caso a nossa resposta seja afirmativa,
podemos tornar clara a nossa posição começando por dizer que defendemos a
proposição "Deus existe, apesar de existir o mal no mundo" e explicar
sucintamente o que isso significa. Em certos casos é possível e desejável
apresentar exemplos do tipo de ideias que queremos defender.
Em 4 devemos apresentar
cuidadosamente os argumentos a favor da proposição que queremos defender. Pode
haver vários argumentos. Alguns deles podem até ser argumentos tradicionais, discutidos
por alguns dos mais destacados filósofos. Nesse caso devemos concentrar-nos
apenas nos dois ou três que nos parecem ser os mais fortes e expô-los por
palavras nossas, tentando mostrar que são válidos e que as suas premissas são
verdadeiras ou, pelo menos, que são bastante plausíveis.
Em 5 devemos enfrentar
as principais objecções aos nossos argumentos (quer indicando possíveis
contra-exemplos ao que é afirmado em alguma das premissas, quer disputando a
sua plausibilidade ou até a validade dos próprios argumentos). Devemos procurar
as objecções que nos parecem mais fortes e não escolher apenas as mais fracas e
fáceis de responder. Nesta parte devemos apoiar-nos nas leituras que nos foram
previamente recomendadas. Devemos também aqui apresentar as objecções por
palavras nossas e não limitar-nos a citar os autores consultados, pois só assim
mostramos compreender o que escrevemos.
Em 6 devemos dizer o que
há de errado com as objecções avançadas anteriormente ou como lhes responder.
Um aluno que defenda num ensaio o direito ao aborto, por exemplo, sem responder
aos argumentos contrários ao aborto presentes nas leituras dadas pelo
professor, exibe um deficiente domínio da dialéctica filosófica; é preciso que
o aluno compreenda que tem de entrar em diálogo com as ideias e argumentos que
leu. Devemos terminar resumindo muito brevemente o nosso argumento principal e
expor as nossas dúvidas, caso existam (mesmo que nos inclinemos mais para um
dos lados).
5. O que se avalia num
ensaio?
O professor não procura
saber se o aluno concorda ou não consigo. O que procura saber é, em termos
gerais, o seguinte:
- Qual é o grau de compreensão dos assuntos por
parte do aluno?
- Que qualidade têm os argumentos que oferece?
- A redacção é clara e bem organizada?
Mais detalhadamente, o
professor verifica se os seguintes critérios são satisfeitos:
- o problema em causa é clara e correctamente
formulado
- a importância do problema é claramente mostrada
- a tese defendida é óbvia para o leitor
- os argumentos utilizados são bons e não há falácias
evidentes
- apresenta os principais argumentos contrários à
tese defendida de forma caridosa
- responde aos argumentos contrários
- apresenta as ideias de forma pessoal (utilizando
palavras suas e os seus próprios exemplos)
- a estrutura do ensaio e as ideias nele
apresentadas são claras para o leitor
6. Como se classifica um
ensaio?
- Se um aluno não satisfaz nenhum dos critérios
anteriores, tem classificação negativa inferior a 8 valores numa escala de
20 valores.
- Se um aluno não satisfaz alguns dos critérios e
satisfaz parcialmente os outros, tem classificação negativa de 8 ou 9
valores.
- Se um aluno satisfaz parcialmente todos os
critérios, tem classificação positiva entre 10 e 12 valores.
- Se um aluno satisfaz parcialmente alguns
critérios e satisfaz totalmente os outros, tem classificação positiva
entre 13 e 15 valores.
- Se um aluno satisfaz totalmente os critérios, à
excepção de um deles, tem classificação positiva de 16 ou 17 valores.
- Se um aluno satisfaz totalmente os critérios, tem
18 valores.
- Se um aluno, além de satisfazer totalmente os
critérios anteriores, consegue mesmo assim surpreender pela positiva, tem
19 ou 20 valores.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Ensaio Argumentativo
Este documento é o guia para os ensaios argumentativos, com apresentações para o dia 10 de Maio.
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Artur polónio como escrever um ensaio filosófico
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