(Foto de Rolando A. Garajau, Ilha da Madeira)
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segunda-feira, 28 de julho de 2014
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Clorofila e resultados dos testes de filosofia
Nesta semana entreguei e fizemos a correção do primeiro teste
de filosofia. Alguns alunos deslizaram e não conseguiram classificações
positivas. O objetivo é que todos alcancem resultados positivos. Assim,
funciona como uma ida ao médico. Quando estamos doentes vamos ao médico. Perante
os sintomas o médico diagnostica a doença e aposta numa receita. A aposta da
receita é o resultado do conhecimento do médico. E a receita nem sempre
resulta. Mas nenhum médico deixa o paciente sem receita. Analogamente o
professor tem de passar uma receita para alcançar o êxito. Há múltiplos fatores
que concorrem para o resultado num teste, incluindo o fator sorte. Mas mesmo na
invariabilidade toda, há alguns pontos que são seguros. Assim, estar atento nas
aulas e participar ativamente nas mesmas, bem como ler e estudar são pontos
mais seguros do que confiar na sorte cega. Certamente nenhum aluno consegue
alcançar classificações altas confiando apenas na sorte.
Nas aulas tracei três pontos que devem ser seguidos por todos
alunos para alcançar o êxito. Os dois primeiros são fáceis de conseguir e o
último é o mais complicado. Os primeiros são:
1)
Atenção
nas aulas
2)
Dedicar
pelo menos uma hora de estudo por semana à disciplina
O último é o tal mais complicado:
3)
Mudar
a nossa atitude perante o mundo e a própria vida
O ponto 3) é o mais difícil porque o mais certo é que vai
chocar com as nossas crenças mais básicas que adquirimos ao longo da nossa
vida. O exemplo que dei nas aulas é o que a seguir sintetizo.
Vamos supor que a Joana está no café a beber uma chávena de
chá. De repente e sem intenção esbarra com um movimento do braço na chávena e
ela cai da mesa e parte. O problema da Joana passa a ser a chávena partida e a
chatice de ter de pagar outro chá. Se a Joana mudar o foco da suas crenças pode
fazer uma questão mais elaborada: mas por
que raio a chávena caiu para o chão? Afinal, porque caem os objetos sempre na
direção do chão? Se a Joana quiser a resposta a este problema pode começar
a estudar um pouco mais de física, conhecer Newton e saber como funciona a
gravidade. E o mesmo acontece com a filosofia. O luís deu um pontapé ao João. O
Francisco acha que o Luís fez justiça e a Maria acha que não. E discutem entre
si as razões que cada um apresenta para conceber se o Luís foi justo ou não.
Mas se quer o Francisco, quer a Maria forem curiosos, vão querer saber o que é
que fundamenta as suas razões, isto é, vão querer saber o que é a justiça. E para saber isso vão estudar filosofia. É por
isso que o terceiro ponto é o mais complicado, pois exige uma mudança do nosso
comportamento no modo como olhamos para o mundo e confiamos nas nossas crenças.
Todos nós possuímos crenças em relação aos problemas básicos,
mas nem todos temos curiosidade para ir mais além. Quando vamos mais além,
somos movidos pela chave do sucesso, a saber, a paixão que nos move em direção
ao conhecimento e à filosofia.
Uma boa estratégia para passar a investigar as questões
básicas filosofando é recordarmos as perguntas que fazíamos quando fomos
crianças. O exemplo que vos dei foi a pergunta do João Francisco, o meu filho,
de 5 anos, quando ainda ontem me perguntou: “pai, por que é que as plantas precisam de água?”. Esta é uma
questão científica, mas não tarda nada e o João vai fazer questões filosóficas.
Todas as pessoas fazem. Mas nem todas são levadas pelo impulso da curiosidade. Saber
o que aconteceu à curiosidade, o que a matou, é já um outro problema.
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Alfredo Dinis 1952-2013
Soube hoje que o professor Alfredo Dinis, antigo director da
Faculdade de Filosofia de Braga, faleceu vítima de doença prolongada. O meu
contacto com o professor foi breve. Encontrei-o num fórum de internet onde
discuti com ele brevemente alguns argumentos filosóficos sobre a existência de
Deus. Mas guardei dele uma serenidade digna de um filósofo no modo como aceitou
as minhas objecções e as discutiu procurando sempre na base da discussão
racional, desmontar os meus argumentos. Citei várias vezes esse meu breve
encontro com o professor Alfredo, pois é uma prova de como um crente pode saber
discutir com um não crente, de forma cordial e civilizada. É isso que lhe devo
e por isso também faço aqui deste pequeno texto uma homenagem por esse bom momento
que me proporcionou.
sábado, 21 de setembro de 2013
Como usar este blogue?
A melhor
forma de procurar informação neste blogue é procurar nas “etiquetas” e procurar
pelo tema de interesse. Por exemplo, os alunos do 10º ano devem clicar sobre a
etiqueta “10º” e aí vão encontrar a informação referente ao seu ano de escolaridade. As etiquetas encontram-se na barra lateral onde tem as informações como capas de livros, número de visitas, etc.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
O ano começa...
Aos alunos
do 10º ano das turmas 20, 30, 32, 42 e 47, sejam bem-vindos à filosofia. Espero proporcionar-vos uma boa aprendizagem desta disciplina.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Aprender Kant em língua portuguesa
Recentemente uma leitora abordou-me no sentido de indicar uma
introdução à filosofia de Kant. Na verdade em língua portuguesa (pelo menos em
Portugal) desconheço uma boa introdução a Kant que seja ao mesmo tempo
acessível e actual. Adivinho que não seja de todo fácil uma boa introdução a
Kant dada a riqueza e diversidade da sua filosofia, mas elas existem às dezenas
em outras línguas. Nunca me tinha deparado com esta questão simples: se alguém
desejar começar a compreender Kant, que leituras deve fazer? Temos em língua
portuguesa bons livros que abordam Kant, mas não são livros especificamente
sobre a filosofia de Kant. Do que temos disponível e do que conheço em língua
portuguesa, para iniciar a compreensão da filosofia de Kant recomendo dois
livros. Ambos são histórias da filosofia muito bem escritas. Se o leitor
conhecer outros livros, basta indicar pois posso estar sem querer a omitir
textos interessantes.
Roger Scruton, Breve História da Filosofia, Guerra & Paz
Editores, 2010 (Tradução Carlos Marques)
Esta história da filosofia tem um capítulo dedicado a Kant
que, apesar de algo limitado, mostra já bem algumas das principais linhas da
filosofia de Kant
Anthony Kenny, História da Filosofia Ocidental, Volume 3,
Ascenção da Filosofia Moderna, Gradiva, 2011 (Tradução Célia Teixeira)
O volume está organizado por áreas da filosofia, mas em
alguns capítulos a filosofia de Kant é apresentada de uma forma estimulante e
simples.
Deixo ainda uma outra sugestão. Mesmo que a sua intenção não
seja apresentar a filosofia de Kant, vale a pena ler já que inclui uma breve
passagem sobre Kant.
Nigel Warburton, Uma Pequena História da Filosofia, Ed. 70,
2012 (Tradução Pedro Elói Duarte)
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Parabéns aos alunos
Os alunos do 10º 14, 20, 30 e 32 estão de parabéns pela
qualidade das aulas que proporcionaram na discussão das teorias sobre a o que é
a arte. Muitos chegaram bem pertinho das teorias sobre o problema, mesmo sem
grandes conhecimentos prévios. Foram aulas de verdadeira e activa investigação.
Numa delas contamos com a ilustre presença do professor Horácio Freitas,
professor do grupo de filosofia da nossa escola.
Fica aqui a imagem que reproduz “A fonte” a obra de Marcel Duchamp que tanta
dor de cabeça nos deu e tantos argumentos produziu. Agora pelo menos temos uma
segurança: o urinol de Duchamp deixou-nos a pensar.
quinta-feira, 28 de março de 2013
Andamos em obras
O FES tem
sofrido ligeiras alterações. Não faço intenções de alterar significativamente o
layout, a menos que surja por aí uma tecnologia vibrante, pelo menos mais
vibrante que a actual do blogger. Para já inclui algumas abas com temas como a
apresentação do autor, livros que destaco e links úteis. Uma das linhas de
orientação para o blog é torna-lo o mais simples possível, pelo que não posso
abusar dos links. Enquanto mais ligações menos concentrada será a navegação e o
objectivo é que o leitor navegue, mas aprenda filosofia navegando.
Uma das
maiores inovações recentes é a sincronização de serviços. Por essa razão inclui
um pequeno ícone para o leitor de notas, disponível para Ipad, Ipod e Android, Catch. Também pode ser usado do desktop. Á medida
que for encontrando outros vou incluindo, tal como Evernote, Instapaper,
Pulse, Flipboard,
entre outros.
Para já
optei por não criar página de facebook do Blogue, pois mais não seria que a
repetição do mesmo. Tal não significa que não venha a tomar essa opção no
futuro
sábado, 30 de junho de 2012
Liberdade para escolher
Temos ouvido algumas vezes falar em cheques-ensino, em
demasiada concentração estatal na vida económica e no sistema educativo. Seria
necessária maior liberdade de escolha das escolas, dos programas de ensino, das
tipologias de ensino? Será que uma descentralização do sistema educativo
contribuiria para uma igualdade e liberdade de escolha maior? Publicado entre
nós neste mês, Junho de 2012, o livro de Milton Friedman e Rose Friedman,
Liberdade para escolher, (Lua de Papel, tradução de Jorge Lima), procura dar
respostas a estes como a outros problemas do mundo actual. A publicação
original deste livro do prémio Nobel da Economia data já de 1990, mas é de actualidade
sem fôlego. Deixo apenas uma citação mais abaixo. Posso estar errado, mas
também devido à crise actual que se faz sentir em Portugal e a forma como
sempre nos relacionamos com os poderes centrais, fazem com que as reacções às
teses de Freidman sejam quase imediatas. Acontece que não estamos a fazer
religião e não temos de adorar as ideias de seja quem for como uma pessoa
religiosa adora o Papa. Vale a pena ler o livro para avaliar as propostas nele
presentes.
No ensino, os pais e os filhos são os consumidores, e o professor e os administradores escolares, os produtores. A centralização no ensino tem significado unidades de maiores dimensões, uma redução da capacidade de escolha dos consumidores e um aumento do poder dos produtores. Professores, gestores escolares e funcionários sindicais não são diferentes do resto de nós. Podem ser também pais que desejam um sistema escolar de qualidade. No entanto, os seus interesses particulares enquanto professores, gestores ou sindicalistas são diferentes dos seus interesses enquanto pais, e também dos interesses dos pais a cujos filhos dão aulas. Os seus interesses podem ser servidos por centralização e burocratização maiores, ainda que o mesmo não aconteça aos interesses dos pais – na verdade, uma das formas pelas quais esses interesses são mais bem servidos é precisamente reduzindo o poder dos pais.O mesmo fenómeno está presente sempre que a burocracia estatal se impõe a expensas da liberdade de escolha do consumidor: seja na distribuição de correio, na recolha do lixo, ou nos muitos exemplos apresentados em outros capítulos.No ensino, aqueles de nós que pertencem às classes de maiores rendimentos conservam a liberdade de escolha. Podemos enviar os nossos filhos para colégios privados, pagando na verdade duas vezes a sua educação – uma vez nos impostos que nos são cobrados para sustentar a escola pública e, de novo, nas propinas do ensino privado. Ou então, podemos escolher onde habitar, com base na qualidade do ensino público. Escolas públicas de excelência tendem a concentrar-se nos subúrbios mais abastados das grandes cidades, nas quais o controlo parental continua a ser bem real.(…)A tragédia, e ao mesmo tempo a ironia, é que o sistema que se propõe permitir a todas as crianças adquirir uma linguagem comum e os valores da cidadania americana, oferecendo a todas as crianças iguais oportunidades educativas, acabe na prática por exacerbar a estratificação da sociedade e promover uma elevada desigualdade de oportunidades educativas.
p.199,200
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Happy birthday FES
O FES faz este mês 6 anos de existência. Começou algo isolado
na divulgação da filosofia no ensino secundário, passou por diversas fases,
umas mais activas que outras. Todo o trabalho de divulgação é da inteira
responsabilidade do seu autor. Entretanto foram surgindo outros blogs, na minha
opinião, com mais qualidade que o FES. Deixo, assim, a lista dos blogs que
merecem a atenção de quem se preocupa com a filosofia e o seu ensino.
Filosofia
tintim por tintim…
Magníficos alunos
Vídeos para filosofia
Teorias e argumentos
Webfólio
Paradoxilia
Logosfera
Peço desculpa por alguma omissão, mas agradeço aos autores que me possam indicar mais links.
Magníficos alunos
Vídeos para filosofia
Teorias e argumentos
Webfólio
Paradoxilia
Logosfera
Peço desculpa por alguma omissão, mas agradeço aos autores que me possam indicar mais links.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Acordês Ortografês, ou cá vai mais de Eduquês
Confesso que não estou especialmente preocupado com o acordo ortográfico. Li sobre o assunto, pesei argumentos e estou convencido que são mais os contras que os prós em estabelecer mais um acordo ortográfico. Mas entre muitas razões lidas e discutidas, estava agora mesmo a ler a nota de introdução de um pequeno livro sobre o acordo, publicado na Texto Editora, da autoria de João Malaca Casteleiro e Pedro Dinis Correia, quando leio o seguinte argumento:
A terceira razão é de natureza pedagógica e também internacional. Nas várias escolas e Instituições em que por esse Mundo fora se ensina e cultiva o português, convém que haja só uma ortografia, e não duas, pois tal facilita a aprendizagem.
E o período do texto acaba exactamente com este parágrafo. Isto é, assume-se que esta é uma verdade sem discussão, estabelecida e comprovada. Mas se assim é, qual a razão que ainda não conduziu outros povos a acordarem a sua ortografia, como por exemplo os ingleses e os americanos? Será que temos estudos avançados que nos provam a solidez deste argumento? Por outro lado, mesmo sem a linguística ser a minha especialidade académica, arrisco a defender que não é a ortografia unificada que facilita mais a aprendizagem de uma língua, mas a simplicidade da sua gramática, resultado de anos e anos de estudo aturado. E de facto, quem dominar um pouco de outras línguas percebe com facilidade que a língua portuguesa é confusa e complexa, quando podia, de facto, ser mais simples.
Não tenho assim tanta certeza como estes dois autores que a unificação ortográfica simplifique as aprendizagens. Mas se tal fosse verdade havia até fortes razões para falar no planeta inteiro uma só língua. É discutível.
Mas enquanto vamos pensando assim, com as nossas verdades tiradas não se sabe bem de onde, a verdade é que se queremos ler Eça de Queiroz tal como ele escreveu temos de o ter traduzido dentro da própria língua para compreender o que se lê, ao passo que um inglês ou americano, sem qualquer acordo, consegue ler Shakespeare no original, tal como foi escrito pelo próprio autor. Portanto, não estou a ver de que forma a unificação vai simplificar aprendizagens. E, já agora, vamos também ter de traduzir um dos dois nossos Nobel, precisamente da literatura, José Saramago, já que os seus livros passaram a constar na lista dos livros com erros de ortografia.
sábado, 23 de outubro de 2010
Homenagem
Peguei no livro de Rui Daniel da Costa Cunha que o mesmo me ofereceu em tempo de sua vida e reli o cartão em fundo esverdeado que me enviou conjuntamente com o livro. Reproduzo aqui o que me escreveu o Rui e assim se percebe porque não perdemos as energias pois há sempre alguém que se nos faz próximos, mas que se ausenta.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Rui Daniel Cunha
Há um fenómeno na minha vida que por certo não será alheio a milhares de pessoas. Na minha vida quotidiana tenho poucas oportunidades de discutir e partilhar filosofia. Ocasionalmente isso acontece com um colega ou outro de trabalho, mas de forma mais dispersa. Isto acontece por variadíssimas razões. Mas na internet, ao longo dos anos, fui formando um grupo de pessoas mais ou menos fixas e com as quais aprendo filosofia, troco textos, livros, traduções, opiniões, etc.. muitas dessas pessoas acabo a conhecê-las pessoalmente. Dado que eu vivo na ilha da Madeira nem sempre tenho oportunidade de me deslocar para conhecer pessoalmente estas pessoas. A internet tornou-se indispensável para mim pois é com ela que participo de uma autêntica rede virtual de pessoas que reúnem os mesmos interesses. O Rui Daniel Cunha era uma dessas pessoas. Soube pela Crítica que ele faleceu e é com muita pena minha que nunca lhe tivesse chegado a dar um aperto de mão, pois não sei agora como lhe agradecer a disponibilidade para a partilha que lhe reconheço. Devo-lhe alguma coisa e em razão disso registo aqui a minha homenagem a este colega da filosofia e amigo.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Oferta de emprego em filosofia
Não sei bem como estão as coisas para os professores contratados, mas segundo algumas informações, na Região Autónoma da Madeira aparecem ofertas públicas com horários completos para as quais não aparecem candidatos. No ano passado chegaram a aceitar, segundo ouvi dizer – dados não confirmados – licenciados em Psicologia para leccionar no grupo 410. A todos os interessados em busca de um início de carreira, consultem com regularidade as ofertas públicas neste site. Vejam em "Docentes" as ofertas públicas que vão sendo publicadas com muita frequência no início de cada ano lectivo.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
O FES foi ao cabeleireiro
Há uma mudançazinha no layout do Blog que permite agora adicionar funcionalidades como o acesso directo ao Facebook. Como o layout anterior era trabalhado sobre uma base emprestada esta funcionalidade não aparecia. Espero uma vez mais que seja do agrado de todos.
terça-feira, 30 de março de 2010
Uma falsidade abusada
Estou solidário com a greve dos enfermeiros, mas hoje tenho acompanhado as notícias e há uma falsidade que tem sido usada abusivamente, até pela parte dos enfermeiros, a de que todos os licenciados da função pública ganham acima dos 1200€. Isso é falso. Eu trabalho há 14 anos e ganho pouco mais do que isso, mas em início de carreira, um professor licenciado ganha mais ou menos o mesmo que um enfermeiro. Não está aqui em causa se os enfermeiros ganham mais ou menos. Dá-me igual e espero que consigam os seus objectivos e que melhorem as suas perspectivas de carreira profissional, mas não se percebe por que razão uma falsidade é usada de forma sistemática sem que seja desmentida. Tal pode ser consultado AQUI. Um professor Licenciado e Profissionalizado, o que implica em regra 5 ou 6 anos de estudo (no meu foram 6), sendo que a profissionalização é quase obrigatória na maioria dos grupos disciplinares, ganha 1056€ líquidos. Como é que vem agora os sindicatos dos enfermeiros afirmar que o mínimo que ganha um licenciado em carreira especial na função pública é de 1200€? E isto tem sido tão afirmado que até coloco a hipótese de me estar a escapar algum dado especial. Stuart Mill, em Sobre a Liberdade, afirmou que uma falsidade de tanto ser afirmada, passava por verdade. Com efeito não é, ainda assim, uma verdade.
sexta-feira, 26 de março de 2010
Definições em filosofia
Em filosofia usamos recorrentemente definições nos argumentos. Por exemplo, no problema moral do aborto, recorremos quase sempre à definição de ser humano. É por essa razão que para fazer filosofia temos de saber definir conceitos. Uma boa definição reúne condições necessárias e suficientes. AQUI encontra-se em língua portuguesa uma boa explicação do que é uma boa definição.
quinta-feira, 18 de março de 2010
Bullshit
Este pequeno livro merecia amplo debate académico e não só. Uma das preocupações centrais dos nossos dias, tanto no uso quotidiano como na investigação académica ou no discurso político, consiste em saber separar a seriedade da treta. Talvez o livrito de Frankfurt nos faça parar para pensar outra vez e constatar que 90% do que dizemos e da informação que consumimos não passa da treta. O título “treta” parece coisa para brincar, mas este livro toca num dos aspectos fundamentais da cultura contemporânea.
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