A ciência do nosso tempo, como na sua época foi a de Vesálio ou de Copérnico, é, simplesmente, o produto do maravilhoso potencial criativo do espírito humano, servido pelos sentidos, que lhe buscam a prova e lhe demonstram a evidência. Cuidar de ambos é um dos deveres da educação, obrigada a inventar, para não perder o passo, novos modelos e novos métodos, em vigilante adaptação evolutiva. Por isso, tal como a ciência, a educação está também condenada à risonha maldição de ser para sempre jovem.
João Lobo Antunes, Memória de Nova Iorque e outros ensaios, Gradiva, p.144
A questão: será que o poder político tem condições para revelar uma concepção da educação como aquela que a citação revela?
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