quinta-feira, 9 de maio de 2013

Como aprender teorias da arte


Hoje na aula de filosofia da arte do 10º20, analisamos algumas músicas, de Bach a Sepultura, de John Coltrane a R L Burnside, de Radiohead a Mozart. Foi interessante concluir algumas coisas, nomeadamente que:

É consensual que Bach ou Mozart são obras de arte. Mas o mesmo não se aplica à música dos Sepultura, por exemplo. Toda a aula foi uma investigação para tentar saber, afinal, a razão ou razões que nos conduzem a afirmações como: “A música de Bach é uma obra de arte, mas a dos Sepultura não”. Chegamos a algumas conclusões:

- Nem tudo o que nos emociona é arte.

- Nem toda a arte é emocionante.

- O feio também pode ser artístico.

- Uma obra de arte não tem de ser sempre produzida pelo artista

- Talvez uma boa obra de arte tenha de ter algumas propriedades artísticas como profundidade, complexidade, harmonia.

- Uma obra de arte tem de ser envolvida por uma definição de arte

- Uma obra de arte produz conhecimento

- O tempo é uma propriedade que parece ser interessante para mostrar o valor de uma obra de arte. Se resiste ao tempo, é uma obra de arte. Mas mesmo assim, coloca-se o problema de performances artísticas que não podem durar no tempo. Esta ideia foi lançada primariamente pela aluna do 10º30, Maria Pocinho. E foi interessante pois por momentos pareceu ficar quase, quase sem objecções à altura.

Chegamos ainda a outras conclusões que nos levantaram mais problemas ainda. Espero que a discussão tenha sofisticado um pouco o vosso conhecimento do valor da arte e, sobretudo, o nível das discussões futuras.

Durante a apresentação, mostrei uma canção de que gosto muito dos Radiohead. Descrevi-a como harmoniosa, complexa, profunda. Falei ainda da forma significante a partir desta canção. É a canção que deixo aqui neste vídeo.


Já agora, o Luís Henrique, do 10º14, que é fã de Hip Hop, deixou esta sugestão:


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