quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Bom ano 2010
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Ensino da Filosofia - as urgências
sábado, 19 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Melhores de 2009 e entrevista
domingo, 13 de dezembro de 2009
Comentários anónimos e ensino da filosofia
sábado, 12 de dezembro de 2009
Discutir a crença religiosa
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Atirar matéria como quem atira sacos de cimento
Dados interessantes
David Bourget and David Chalmers have released the results of the largest survey of professional philosophers ever conducted. Some interesting results:
72.8% atheism
14.6% theism
12.5% other
49.8% naturalism
25.8% non-naturalism (but not necessarily supernaturalism)
24.2% other
Of course, quite what any of this shows re the truth of any of these beliefs, if anything, can be debated....
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
A ética do Natal
Bem, e já que falei no post anterior no consumo de carne e as suas implicações éticas e ambientais, aproveito para recomendar uma leitura que já recomendo há pelo menos 3 anos seguidos. Estou a falar de the Xmas Files: The Philosophy of Christmas, o divertido livro de Stephen Law que constitui um bom abanão nas nossas crenças natalícias que tanto nos sabem bem. Mas o que é que isto tem a ver com a carne? Ora é precisamente na noite de consoada de natal que gostamos de um peru devidamente morto, ou um bacalhau, para nos deliciar naquilo que nos habituamos acriticamente a definir com a refeição da paz. Se a hipótese de que não é moralmente correcto comer os animais pelo menos na noite da paz, por que razão continuamos a ter um hábito que consideramos moralmente incorrecto? Pelo menos nessa noite será que faz sentido também em começar por oferecer alguma paz aos milhares de perus e bacalhaus? Este livro lança estas, entre muitas outras questões.
As nossas escolhas alimentares têm implicações éticas?
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Inquietações
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Qual o valor da vida humana?
Mas bem triste há-de ser a gente sem outra finalidade na vida que a de fazer filhos sem saber porquê nem para quê. Para continuar a espécie, dizem aqueles que crêem num objectivo final, numa razão última, embora não tenham nenhuma ideia sobre quais sejam e que nunca se perguntaram em nome de quê terá a espécie de continuar como se fosse ela a única e derradeira esperança do universo.
O problema do mal na existência de deus
Como tu foste livre para deixar que eu matasse a Abel quando estava na tua mão evitá-lo, bastaria que por um momento abandonasses a soberba da infalibilidade que partilhas com todos os outros deuses, bastaria que por um momento fosses realmente misericordioso.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Pensar criticamente não é coisa prática?
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Vale a pena definir filosofia?
domingo, 22 de novembro de 2009
Ensino, o que falta fazer?
Um marciano que descesse à Terra concluiria que Portugal tem um sistema de ensino excelente, que consegue formar talentos matemáticos ainda na adolescência e preparar cientistas jovens. No entanto, se o mesmo marciano resolvesse olhar para as comparações internacionais, nomeadamente para os resultados dos inquéritos TIMSS e PISA, veria que em matemática e nas ciências o nosso sistema de ensino tem problemas muito graves, que se estendem ao ensino da língua e a outras áreas.
O contraste entre os resultados da investigação científica e os do ensino deve ser, em alguma medida, explicável pelas diferentes políticas seguidas nestas duas áreas. Em ciência, optou-se pelo investimento a longo prazo, deu-se prioridade ao saber e fomentou-se a ida dos jovens para países e universidades que lhes ensinaram seriamente a área científica que preferiam. Na educação, insistiu-se que os jovens deveriam "aprender a aprender" e "desenvolver competências". O saber ficou para segundo lugar.
Em ciência, em vez de baixar os níveis de exigência com pretexto na "escola inclusiva", ou nas dificuldades dos mais desfavorecidos, abriram-se oportunidades: quem tivesse talento e força de vontade poderia agarrá-las. Em vez de fazer provas onde o sucesso fosse garantido, privilegiaram-se métodos de avaliação aferidos pela bitola dos melhores do mundo.
Em ciência, privilegiou-se a internacionalização e não se pretendeu desculpar o nosso fraco posicionamento relativo por atrasos estruturais do país ou por condições socioeconómicas desfavorecidas. Apontou-se para cima e disse-se, desde o princípio, que o importante era alcançar resultados reconhecidos nas melhores revistas internacionais. A paróquia ficou para trás.
Em ciência, nenhum ministério pretendeu retirar liberdade aos cientistas para investigarem o que quisessem e pelos métodos que escolhessem. Mas fizeram-se avaliações impiedosas dos resultados, com avaliadores internacionais exigentes. Em educação, pelo contrário, desprezaram-se os programas e as metas, fizeram-se e fazem-se exames que nada avaliam e desculpam-se os insucessos. Ao mesmo tempo, pretende-se controlar ao pormenor os métodos pedagógicos seguidos pelos professores. Em ciência, avaliam-se os resultados e dá-se liberdade nos processos. Em educação, controlam-se os processos e não se avaliam os resultados. Assim, é difícil avançar.
Ler o resto do artigo do Expresso, AQUI.
sábado, 21 de novembro de 2009
O argumento do sonho
a) estou vivo;
b) o racismo é imoral;
Qual das duas é mais verdadeira e que razões temos para pensar que uma é mais verdadeira que a outra?
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Vampiros especistas
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Dia mundial da filosofia
AQUI.
domingo, 15 de novembro de 2009
Filosofia e metodologia
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Finalmente já o temos
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Instrumentalização ideológica
Fico por isso sempre desconfiado sempre que se instrumentaliza o ensino. Do meu ponto de vista, a razão de ser do ensino é o valor intrínseco do que é ensinado. É importante ensinar filosofia, música, biologia, história, arqueologia, engenharia, e tudo o mais, porque essas coisas são importantes e porque muitos alunos têm talento para essas coisas e não o descobrirão se não contactarem com essas coisas na escola. Que essas coisas têm, depois, por vezes, aplicações sociais importantes é óbvio; queremos ter médicos competentes, e políticos, e engenheiros. Mas estaremos a construir sociedades totalitaristas se só houver competência técnica, mas não houver autonomia intelectual. Se das escolas saírem autómatos que sabem repetir, mas não pensar. Que são incapazes de pôr em causa, por si mesmos, as ideias feitas da sua sociedade, partido, religião, classe social ou etnia. Que só sabem repetir fórmulas matemáticas ou da biologia, teses filosóficas ou históricas, ideias sociológicas ou económicas, sendo totalmente incapazes de as pôr em causa.
Desidério Murcho, in. http://criticanarede.com/html/autonomia.html
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Lógica em discussão
A Unidade I&D Lif - Linguagem, Interpretação e Filosofia (Universidade
de Coimbra) vai promover um colóquio internacional subordinado ao tema:
O Lugar da Lógica e da Argumentação nos Programas de Filosofia do
Ensino Secundário
Este decorrerá a 4 e 5 de Dezembro na Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra:
Consulte o Programa:
http://www1.ci.uc.pt/lif/UserFiles/Image/prog_c.pdf
A Inscrição é gratuita e está disponível on-line:
http://www1.ci.uc.pt/lif/UserFiles/Image/ficha.pdf
Não aprecio de todo o programa, mas aprecio e muito a iniciativa. Creio até ser algo urgente a discussão do que se deve e como se deve ensinar na e com a lógica nos programas de filosofia do ensino secundário. E, já agora, deixo aqui a minha sugestão:
- Eliminar definitivamente a lógica aristotélica. Não faz qualquer sentido ensinar uma lógica que tem um âmbito de aplicação muito reduzido quando temos já disponível uma lógica com um âmbito de aplicação muito mais alargado e completa. A lógica aristotélica só tem interesse como história da lógica e não faz qualquer sentido ensiná-la no secundário.
- A lógica, enquanto ferramenta do pensamento crítico, deve ser ensinada no início do percurso e não a meio, pelo que me parece correcta a ideia de a introduzir logo no 10º ano e não no 11º ano.
- Os conteúdos principais a ensinar, seriam: distinção entre argumentos dedutivos e não dedutivos, validade, verdade, inspectores de circunstâncias, negação de proposições, argumentos sólidos e cogentes. Creio também ser necessário ensinar já nesta fase os testes de derivadas.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Snobismo
Publiquei na Crítica um pequeno artigo onde exponho a minha crítica aos snobes e ao prejuízo que trazem para a filosofia.
domingo, 1 de novembro de 2009
António Sérgio
Apesar de nada ter a ver com a filosofia e a minha formação em filosofia, não podia deixar em claro o meu pesar sobre o desaparecimento de António Sérgio, um dos homens que, mesmo sem o saber, mais influenciou a minha vida pessoal. António Sérgio foi singular na forma como divulgou as músicas alternativas e o rock mais marginal em Portugal. Ainda hoje guardo gravações que fazia em cassete, quando tinha apenas 15 anos, do mítico Som da Frente, um dos muitos programas que manteve activo na Rádio Comercial de então. Pelas mãos dele conheci discos tão cheios de arte como, só para citar de cor, American Music Club, california, Spaceman 3, Playing with fire, My Bloody Valentine, isn`t anything, entre centenas de outros. No tempo em que a internet e a difusão do conhecimento de massas era uma utopia, foi António Sérgio quem diariamente me trouxe novidades musicais. Cada música divulgada é um pedaço de prazer tão elevado que só tenho mesmo que guardar uma imensa admiração por este homem e pelo trabalho de divulgação que deixou.
sábado, 31 de outubro de 2009
Confusões e ridículo no ensino
A burocracia que tem assolado o sistema de ensino é no mínimo caricata. De um ano para outro passei a ver os professores preocupados com burocracia e pouco com o miolo das aulas, que é prepararem as lições. Tenho-me deparado com situações caricatas. Vou aqui dar um pequeno exemplo. Para leccionar uma turma (vou pegar no exemplo de uma turma de cidadania, nos cefs) pedem-me 3 tipos de planificação: uma anual, uma trimestral e uma aula a aula. Concentremo-nos agora na planificação anual e trimestral. Em primeiro lugar temos de definir para que serve uma planificação e de modo muito simples ela serve para guia das aulas do professor, isto é, é pela leitura da planificação que o professor pode saber quantas aulas tem para a unidade X, que recursos tem e que estratégias pode aplicar. Logo à partida, para um sistema de ensino que se pretende contextualizado a diferentes realidades, uma planificação aparece como castradora. Mas não vou pegar por aqui. Afinal uma planificação é um conjunto de intenções que deve ser flexível, simples e aplicável. O professor para planificar uma aula tem de ter à sua frente os materiais (que pode ser o manual, por exemplo) e a planificação. Se tem uma planificação anual e uma outra trimestral, com qual planificação deve o professor trabalhar? Supostamente qualquer planificação tem de mencionar pelo menos dois pontos na tabela: os tempos e os conteúdos. Nesse caso tanto a planificação anual como a trimestral, que as escolas parecem cada vez mais apostadas em exigir, dizem exactamente o mesmo. Então para que se quer uma planificação trimestral? Não bastaria a anual? Além do mais sejamos práticos e simples a pensar. Um professor vai preparar uma aula. Senta-se, abre o manual, faz pesquisa na sua biblioteca pessoal e depois enfrenta 3 planificações. Para qual olha? Seja qual for a sua opção uma coisa é certa: das 3 planificações vai ter de ignorar duas. Nesse caso para que servem tantas planificações? Para nada, rigorosamente nada. Serve para fazer arquivo, aumentar dispêndio de recursos e apresentar produtividade zero. Mas há ainda um aspecto curioso a considerar: o próprio Ministério da Educação tutela e produz os programas. Os programas contêm já uma planificação. Ou seja, a conta é simples: o professor tem a planificação que consta no programa, mais 3 planificações que o grupo disciplinar produz. Para quê tanta planificação? Qual é o objectivo de tanta planificação?
Mas vamos ainda mais longe: uma das coisas que a planificação anual pode conter é precisamente a divisão dos conteúdos por períodos. Nos programas oficiais essa divisão já está feita. Ou seja, se esta divisão está já feita nos planos anuais, qual o sentido de impor planificações trimestrais? A realidade é que não existe qualquer diferença substancial entre uma planificação anual e uma trimestral. 3 planificações trimestrais fazem uma anual e esta é uma conta que qualquer criança é perfeitamente capaz de realizar. Não se percebe então o que se passa na cabeça das pessoas que são mais papistas que o papa e pedem planificações anuais e trimestrais. Isto é realmente brincar ao trabalho e não trabalho efectivo e real.
E isto para não pegar no facto de muitas planificações anuais terem mais de 20 páginas. Ou seja, são feitas para inglês ver já que são tudo menos práticas e úteis. E é triste perceber que se perde tanta energia nestas tarefas burocráticas quando depois este material vai direito para o lixo. Pior que isto não conheço. Se algum colega leitor tiver melhor explicação que a minha, agradeço que a deixe na caixa de comentários.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Freedom of speech
Publiquei um texto sobre a liberdade de expressão aplicada ao caso do último livro de Saramago no blog da Crítica. Ler AQUI.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Ministra da Educação e Filosofia
Não é meu hábito falar de política ou de políticos aqui no blog. Nem é o objectivo deste blog, nem tal me conduziria a uma linguagem mais perfeitinha e racional. Mas desta vez não posso esquecer que a nova Ministra da Educação, indigitada hoje, é licenciada em filosofia. Esperemos que tal facto, traga à filosofia e ao ensino em geral mais rigor, tranquilidade e exigência. E espero também não me arrepender de ter escrito este post.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Emprego para professores de filosofia
O "fenómeno", como classifica o director regional está a deixar algumas direcções executivas aflitas à procura de professores em áreas onde curiosamente havia excedente. Filosofia, Biologia e História são dois exemplos de disciplinas que antes todos diziam ter de sobra.
Colegas, estão à espera de quê? Rumem até à ilha da Madeira como eu fiz há uns anos. Notícia inteira AQUI.
sábado, 10 de outubro de 2009
Cultura popular e filosofia
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
As melhores universidades
Basta clicar na imagem para aceder ao ranking das melhores universidades de todo o mundo do ano de 2009. O peso das universidades americanas nos lugares cimeiros é notável, fruto em grande parte dos efeitos da fuga de intelectuais para os EUA durante e após a 2ª grande guerra ou fruto talvez e também de uma liberdade académica que a maior parte das universidades do mundo só vê por um canudo. Mas é notável também o peso de instituições seculares como Cambridge ou Oxford em Inglaterra. Esta notícia merece divulgação pública já que a qualidade dos nossos profissionais em variadas áreas está directamente relacionado com a qualidade das nossas universidades. E estes rankings dão-nos uma noção da nossa posição e dos esforços que há ainda a fazer para mudar o cenário em muitas variantes. Harvard é a melhor universidade do mundo. Clicar na imagem ou AQUI.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Psicologia B
Acabei de lançar um blog de apoio aos meus alunos do 12º ano, da disciplina de Psicologia B. Espero que seja útil para os estudantes. Pode ser visitado AQUI.
Erros habituais na caracterização do senso comum
Carlos Pires, no blog Dúvida Metódica faz uma interessante reflexão acerca dos habituais erros na caracterização do senso comum, parte desses erros, habituais nos manuais de filosofia. O Carlos defende que começa por ser errado caracterizar o senso comum como um saber prático, já que o senso comum envolve crenças que são tudo menos práticas. Por outro lado, o Carlos defende também que o senso comum envolve crenças e superstições que o afastam do conhecimento vulgar. Vale a pena ler AQUI.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Manuais certificados
Filosofia nas eleições
Os problemas de filosofia política costumam ser mais abrangentes que este que aqui vou colocar. Penso que este é até um problema que toca subtilmente alguns elementos de filosofia moral e outros da filosofia política. É corrente em Portugal políticos acusados de processos judiciais concorrerem a eleições. Será justo deixar que pessoas como estas concorram a eleições? Sabemos também que na maioria dos casos, estes políticos até acabam a ganhar as eleições. E também é sabido que na maioria dos casos, os crimes de que são acusados não estão ainda provados. Ainda assim, gostaria de saber o que pensam os leitores: é moralmente justo que uma pessoa acusada de crimes em tribunal possa concorrer para representar democraticamente um grupo de pessoas? O que pensa o leitor?
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
O espectáculo da vida
O mais recente livro de Richard Dawkins chega às livrarias portuguesas durante este mês, em simultâneo com a edição americana. A edição é da Casa das Letras.
A vida é curta
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Livraria Capítulos Soltos
Na cidade nortenha de Braga abriu recentemente uma livraria que merece o meu destaque já que os proprietários simpaticamente me enviaram uma fotografia ostentando orgulhosamente o escaparate dedicado à filosofia. Nele, espreitando pela foto, podemos ver boas obras de filosofia. Mas o destaque aqui no FES é merecido dado a vaidade com que os livreiros me mostraram o seu trabalho com a filosofia. Da minha parte as maiores felicidades para este projecto. O blog da livraria pode ser visto clicando aqui.
Novidade Guerra & Paz
Um dos livros centrais do século xx, da filosofia da ciência é editado tardiamente em língua portuguesa pela Guerra & Paz. É nesta obra que se faz a defesa dos argumentos mais poderosos sobre o relativismo na ciência.