No sentido comum crença significa a pressuposição que algum deus
existe ou não. Dizemos: “acredito em Deus”
ou “não acredito em Deus”.
Em sentido filosófico, crença implica a atitude proposicional
perante o mundo, isto é, a expressão por proposições do que acreditamos sobre o
mundo. Expressões como as seguintes expressam crenças:
O planeta terra é
redondo
Existem unicórnios
A aula de filosofia é
na sala A
Paris é a capital de França
Funchal é a capital da
ilha da Madeira
As crenças são expressas em proposições, razão pela qual
dizemos que afirmar “Funchal é a capital
da ilha da Madeira” é uma proposição verdadeira ou falsa. Não esqueçamos
que uma proposição é o conteúdo do que pensamos e que expressamos numa frase
declarativa com sentido e tem valor de verdade (pode ser verdadeira ou falsa).
Compreender o que é uma crença é relevante pois é a primeira
condição para que haja conhecimento, isto é, para que possamos afirmar que
sabemos algo. Claro que a crença, para ser conhecimento, tem de ser verdadeira
e precisa de ser justificada, mas sem crença não há, sequer, conhecimento.
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