quarta-feira, 3 de julho de 2013

Filosofia e competências argumentativas

É sabido que o estudo da filosofia desenvolve competências básicas entre os seus estudantes, principalmente a de pensar com clareza. Certo também é que nos cursos de filosofia com modelos ultrapassados, esta competência é pouco desenvolvida. Aqui há uns anos em Portugal um licenciado em filosofia era visto com alguém que dizia meia dúzia de frases ininteligíveis que pelo meio teria palavras como “ser”, “epistémico”, “ontológico”, etc. Uma impostura intelectual disfarçada de conhecimento e saber. Hoje em dia ainda há muito disto e esta imagem em vez de favorecer a filosofia, meteu-a num casulo que quase a destruiu. Hoje temos mais sinais de vitalidade e a filosofia impõe-se como uma das disciplinas que mais tem sido capaz de desenvolver as tais competências críticas e argumentativas nos seus praticantes. É por isso também que nos jornais internacionais cada vez mais encontramos depoimentos como o que coloco no link a seguir. Estes testemunhos dão-nos boas indicações para pensar que a filosofia quando bem ensinada tem reflexos enormes nas nossas vidas pessoais e profissionais.


Clicar na foto para aceder ao texto (em inglês)


4 comentários:

Woman Once a Bird disse...

Rolando, não compreendo a aversão ao vocabulário filosófico e à história da Filosofia.
Frases como «impostura intelectual disfarçada de conhecimento e saber» pouco adiantam a um debate, a não ser que substimemos o interlocutor e esperemos que desconheça completamente o vocabulário filosófico para considerar ininteligíveis os termos «ser», «epistémico» e ontológico».

Woman Once a Bird disse...

Rolando, não compreendo a aversão ao vocabulário filosófico e à história da Filosofia.
Frases como «impostura intelectual disfarçada de conhecimento e saber» pouco adiantam a um debate, a não ser que substimemos o interlocutor e esperemos que desconheça completamente o vocabulário filosófico para considerar ininteligíveis os termos «ser», «epistémico» e ontológico».

Rolando Almeida disse...

Mas não existe qualquer aversão à história da filosofia. Na minha bibilioteca particular tenho, pelo menos, 4 histórias da filosofia completas, isto sem contar com as mais pequenas, que também tenho. Dou-lhe a devida importância, claro está. E também não tenho qualquer aversão pelo vocabulário filosófico, que também uso com frequência. O que costumo contestar é a mistificação tanto da história da filosofia como do uso do vocabulário filosófico. Trata-se da atitude que temos perante a filosofia e o estudo em filosofia que mais vezes que as desejadas é usado como mistificação, quando deveria ser usado como clarificação de problemas de conteúdo filosófico.

Rolando Almeida disse...

Estava a reler o post e não vi lá nada que indiciasse a aversão à história da filosofia e vocabulário filosófico que refere. Tudo o que eu refiro é que há uns anos se proporcionava, por vezes (sublinho este por vezes)um ensino tolo da disciplina e até refiro que hoje em dia isso já não acontece tanto. Para dizer a verdade até acho que fui generoso, mas fi-lo com intenção pois não posso esquecer que nos cursos de filosofia ao nível superior há professores que desenvolvem um excelente trabalho. E não quero ser injusto com esses professores. Assim de repente lembro de nomes como Pedro Galvão, João Cardoso Rosas, José Gil, Ricardo Santos, João Branquinho, entre outros.