É sabido que o estudo da filosofia desenvolve competências
básicas entre os seus estudantes, principalmente a de pensar com clareza. Certo
também é que nos cursos de filosofia com modelos ultrapassados, esta
competência é pouco desenvolvida. Aqui há uns anos em Portugal um licenciado em
filosofia era visto com alguém que dizia meia dúzia de frases ininteligíveis que
pelo meio teria palavras como “ser”, “epistémico”, “ontológico”, etc. Uma
impostura intelectual disfarçada de conhecimento e saber. Hoje em dia ainda há
muito disto e esta imagem em vez de favorecer a filosofia, meteu-a num casulo
que quase a destruiu. Hoje temos mais sinais de vitalidade e a filosofia
impõe-se como uma das disciplinas que mais tem sido capaz de desenvolver as
tais competências críticas e argumentativas nos seus praticantes. É por isso
também que nos jornais internacionais cada vez mais encontramos depoimentos
como o que coloco no link a seguir. Estes testemunhos dão-nos boas indicações
para pensar que a filosofia quando bem ensinada tem reflexos enormes nas nossas
vidas pessoais e profissionais.
Clicar na foto para aceder ao texto (em inglês)
4 comentários:
Rolando, não compreendo a aversão ao vocabulário filosófico e à história da Filosofia.
Frases como «impostura intelectual disfarçada de conhecimento e saber» pouco adiantam a um debate, a não ser que substimemos o interlocutor e esperemos que desconheça completamente o vocabulário filosófico para considerar ininteligíveis os termos «ser», «epistémico» e ontológico».
Rolando, não compreendo a aversão ao vocabulário filosófico e à história da Filosofia.
Frases como «impostura intelectual disfarçada de conhecimento e saber» pouco adiantam a um debate, a não ser que substimemos o interlocutor e esperemos que desconheça completamente o vocabulário filosófico para considerar ininteligíveis os termos «ser», «epistémico» e ontológico».
Mas não existe qualquer aversão à história da filosofia. Na minha bibilioteca particular tenho, pelo menos, 4 histórias da filosofia completas, isto sem contar com as mais pequenas, que também tenho. Dou-lhe a devida importância, claro está. E também não tenho qualquer aversão pelo vocabulário filosófico, que também uso com frequência. O que costumo contestar é a mistificação tanto da história da filosofia como do uso do vocabulário filosófico. Trata-se da atitude que temos perante a filosofia e o estudo em filosofia que mais vezes que as desejadas é usado como mistificação, quando deveria ser usado como clarificação de problemas de conteúdo filosófico.
Estava a reler o post e não vi lá nada que indiciasse a aversão à história da filosofia e vocabulário filosófico que refere. Tudo o que eu refiro é que há uns anos se proporcionava, por vezes (sublinho este por vezes)um ensino tolo da disciplina e até refiro que hoje em dia isso já não acontece tanto. Para dizer a verdade até acho que fui generoso, mas fi-lo com intenção pois não posso esquecer que nos cursos de filosofia ao nível superior há professores que desenvolvem um excelente trabalho. E não quero ser injusto com esses professores. Assim de repente lembro de nomes como Pedro Galvão, João Cardoso Rosas, José Gil, Ricardo Santos, João Branquinho, entre outros.
Enviar um comentário