Em língua portuguesa dispomos de
poucas introduções à filosofia política que sejam ao mesmo tempo abrangentes,
rigorosas e acessíveis. A melhor que dispomos é a de Jonathan Wolf, Introdução à filosofia política,
(Gradiva) (Tradução Maria de Fátima St Aubyn). O autor começa o livro com o
tradicional problema de tentar saber se a política é natural aos seres humanos
ou se não é se depende de um contrato ou quais os critérios mais
universalizantes para saber o que é uma organização política. O livro percorre
ainda outros problemas centrais da filosofia política como a distribuição da
riqueza, a justificação do estado, a liberdade ou os direitos individuais.
Mais recentemente saiu o livro Filosofia política para principiantes (Vogais)
(Trad. Isabel Souto Santos), uma entusiasmante introdução, muito pequena, com
ilustrações. Com este livrinho, da colecção inglesa A graphic guide, ficamos com uma
visita panorâmica desde a antiguidade até aos nossos dias dos principais
teóricos da filosofia política, bem como dos aspectos mais críticos das teorias
principais. Uma boa introdução, ainda que demasiado panorâmica. Desconheço o
original e mesmo não sabendo tratar-se de um defeito da edição portuguesa,
apesar de pequeno, o livro merecia um índice remissivo.
Finalmente uma das mais estimulantes
leituras de filosofia política é o livro de Michael Sandel, Justiça (Presença)
(Tradução de Ana Cristina Pais) que já
aqui tinha divulgado. Um livro cheio de exemplos actuais, muito direccionado
para as filosofias políticas e morais de Aristóteles e Kant, mas também de
Rawls. Também este volume ficou na edição portuguesa sem índice remissivo, o
que é uma dificuldade acrescida para quem o deseje usar para fins profissionais
ou académicos.
Temos disponíveis muitas outras obras,
desde John Rawls a Robert Nozick que serão indicadas para quem deseje
aprofundar os problemas.
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