As ideias de Espinosa sobre o livre-arbítrio eram igualmente controversas. Era um determinista, o que significa que acreditava que qualquer acção humana resultava de acções anteriores. Uma pedra lançada ao ar, se pudesse tornar-se consciente como um ser humano, imaginaria que se movia por sua própria vontade, embora isso não fosse verdade. De facto, aquilo que a movia era a força do lançamento e os efeitos da gravidade. A pedra pensava que era ela que controlava o movimento e não a gravidade. O mesmo acontece com os seres humanos: imaginamos que escolhemos livremente o que fazemos e que temos controlo sobre as nossas vidas. Mas isto é porque, normalmente, não compreendemos a origem das nossas escolhas e ações. Na verdade, o livre-arbítrio é uma ilusão. Não existe qualquer ação livre espontânea.
Nigel Warburton, Uma pequena história da filosofia, pp.89,90
(2012)
4 comentários:
Gostava de saber de que forma Se poderia comentar esta últimas frases
significa que o autor defende que a proposição " o livre arbítrio é uma ilusão" é verdadeira
Então o autor é determinista radical?
Sim
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