Muitas vezes ouço dizer que o mercado de livros de filosofia não é rentável. Mas também é verdade que o campo de edições em filosofia não é assim tão raro, o que pode indicar que dentro do nosso exíguo mercado, ainda vende. E é bom que venda, pois, para o bem e para o mal, como tudo na vida, se vende faz-se mais edições, mas se não vende, não se faz. É por isso que no mesmo ano em que vejo o início (e conclusão, creio) da edição dos 4 excelentes volumes da história da filosofia do Kenny (Gradiva), da Breve história da filosofia moderna do Roger Scruton (Guerra & Paz), é com surpresa que soube da edição de mais uma história da filosofia (D. Quixote), de Jean Francois Pradeau. Não sou adepto da filosofia que se tem feito em frança. Hoje em dia a aposta no autor anglófono é muito mais acertada. E isto principalmente se o propósito é escrever para o grande público. Em língua inglesa temos melhores obras deste género do que em língua francesa. Talvez a opção editorial não seja das mais adequadas ao fim que se destina. Em qualquer dos casos, é sempre uma alegria quando vejo que o mercado tem lugar para mais uma obra de filosofia.
2 comentários:
Rolando,
A propósito de obras em língua inglesa, deixo aqui a referência a "Critical Thinking, A Concise Guide" da Routledge. Os seus autores são "Senior Lecturer" (um grau académico) na NZ e no UK. Trata-se de um bom guia para o estudo e análise de “argumentos” e, como tal, de uma obra interessante para o 11.º ano.
As editoras podem ou devem apostar (mais) no campo das traduções e para que tal aconteça é importante que alguém ligado à filosofia e ao seu ensino indique às editoras as referidas obras para, assim, serem divulgadas ao público interessado.
Em língua francesa também há muito material que tem, no entanto, uma orientação diferente, e o seu público alvo também será distinto, isto em termos gerais. Já agora, convém não esquecer os mexicanos e os espanhóis que também têm coisas interessantes no domínio da filosofia.
Saudações
Carlos JC Silva
... antes que me esqueça, os indianos: Amartya Sen, "The Idea of Justice"! Importante no domínio da ética, com o seu novo conceito de "I.D.H.".
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