Hilary Putnam deve ser dos filósofos, senão mesmo o filósofo
de expressão em língua inglesa da segunda metade do século xx, mais
amplamente traduzido para português. Possivelmente por ser um caso isolado em
matéria de tradução, e não fazendo escola a tradução de livros dos seus pares,
muitas das vezes os conceitos são mal traduzidos, o que acaba por confundir não
só a compreensão como também o estilo do próprio autor. Seja como for, num país
com uma escala filosófica bastante reduzida (pelo menos antes da internet, já
que uma boa parte destas traduções é anterior ao acesso generalizado á rede e
ao consumo online) é salutar ter acesso na nossa língua a uma variedade
considerável de livros de Putnam. Eles aparecem por via da publicação de diferentes
editoras.
A produção de Putnam foi enormíssima com contributos para
diferentes áreas da filosofia. É difícil delimitar uma área de maior
intervenção, muito embora o maior conjunto dos seus trabalhos sejam nas áreas
da filosofia da mente, ação, epistemologia e metafísica. Sempre foi um filósofo que produziu muito e mudou muitas vezes de argumentos e interesse. Deixo aqui a
referência a algumas das traduções que ainda se encontram à venda nas
livrarias. E com algum esforço ainda se encontram as traduções da D. Quixote, já dos anos 90 do século xx.
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