Nas aulas aprendemos esta semana um conceito novo e, já
agora, uma palavra nova: deliberação.
A esta juntamos outra não tanto nova quanto a primeira, racionalidade. O que é que se entende por deliberação racional? As nossas ações envolvem crenças e desejos. Por exemplo,
o Luís pode decidir estudar filosofia porque acredita (crença) que isso é
importante para passar de ano e sente o desejo de o concretizar (desejo). Esta crença
e desejo explica qual o motivo da sua ação. Mas o Luís também acredita que
estar com os amigos fomenta relações sólidas e sente o desejo de ir ter com os
amigos. No final o Luís decide ficar a estudar filosofia. A isto é o que se
chama escolher, isto é, deliberar racionalmente. Estar a tarde x no dia x a
estudar ou ir ter com os amigos são desejos incompatíveis, razão pela qual o
Luís teve de decidir. Deliberar racionalmente consiste em avaliar bem os
desejos e crenças e estabelecer prioridades na ação.
A ação envolve os conceitos de crença, desejo, acontecimentos, intenção.
O estudo da ação é o primeiro passo para o que se segue. Vamos
estudar as condicionantes da ação e
algumas delas parecem fazer desaparecer este desejo e consequente escolha
quando agimos. Estaremos, pois, nessa altura, a discutir o problema do livre arbítrio.
Na foto, o filósofo norte americano John Searle, ainda vivo e que escreveu sobre alguns problemas da filosofia da ação.
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