Começamos o ano por compreender o que vamos estudar em
filosofia e como o vamos fazer. Para isso estudamos o que é um argumento, o que
são proposições e que lugar estas ocupam nos argumentos, o que são argumentos
válidos, sólidos e cogentes. Também compreendemos que a natureza dos problemas
da filosofia implica a sua tentativa de resolução pela análise crítica e racional,
dado tratar-se de problemas a priori
e não a posteriori.
Aprendemos a discutir racionalmente argumentos com técnicas
como a negação de proposições e os contra exemplos. Há outras técnicas, mas
para já basta saber estas. E saber usá-las quando fazemos filosofia.
Após este estudo inicial (e que já não é pouco) partimos para
a batalha propriamente dita e começamos a filosofar. Escolhi para um primeiro
exemlo, uma discussão em torno do famoso dilema do troley da filósofa britânica
Phillipa Foot. Alguns alunos defenderam vivamente a tese do relativismo dos
valores que consiste na sua base na defesa de que os valores morais são
relativos a cada sociedade. Fizemos algumas objecções ao relativismo. No final
ficou uma relevante questão por resolver: e se existir factos morais, mas nós
não soubermos disso? Dá que pensar, não dá?
Os meus alunos já compreendem a imagem do post. E que tal colocarem
este problema para discussão em família?
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