A ideia de divulgar a filosofia e a ciência é muito popular
em alguns países. Esta divulgação – ainda morna em Portugal – aparece como
central a muitos autores, pois é de pequenino que se torce o pino. Além disso é
certo que é tentadora a ideia da publicação. Se um livro tiver sucesso,
enriquece o autor, o que é justo, apesar de muito distante da nossa realidade.
Mas tanto em Inglaterra como nos EUA ou em Portugal há sempre um bom motivo
comum, que é a paixão de trazer mais pessoas ao saber, à ciência e à filosofia.
Não há outra explicação para trabalhos tão intensos e de qualidade suprema como
os de Carl Sagan, por exemplo. Na esmagadora maioria dos casos é errado ficar
com a ideia de que os divulgadores só se dedicam à divulgação. Em regra, um bom
autor de divulgação é também um bom mestre na sua arte. E assim percebemos o
caso de A C Grayling (este fim de semana estará em Lisboa nos encontros nacionais de
professores de filosofia) que, ao mesmo tempo que manifesta preocupações
com a qualidade sofisticada da filosofia (ver
aqui), também publica livros de divulgação. Apesar de salvas as diferenças,
atrevo-me a colocar no mesmo lote o nome de Stephen Law que além de editor da
prestigiada revista de filosofia Think tem publicado com regularidade livros de filosofia de divulgação e alguns outros
para os adolescentes e crianças. Descobri por acaso um desses livros felizmente
traduzidos para português quando procurava livros para o meu filho numa secção
de livros para crianças (ver
aqui). Hoje mesmo tive a notícia da publicação de um
outro volume. Resta esperar que o editor português esteja atento e
manifeste interesse na sua tradução.
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