MULHER: Doutor, doutor. Tem de me ajudar. O meu marido pensa que é uma galinha.
MÉDICO: Isso é terrível. Há quanto tempo é que ele pensa desse modo?
MULHER: Que me lembre, sempre pensou.
MÉDICO: Então, por que não veio ter comigo mais cedo?
MULHER: Eu teria vindo, mas precisávamos dos ovos.
Se o médico respondesse que também precisava ovos, estaríamos perante algo análogo ao problema da indução.
MULHER: Professor, professor. Tem de me ajudar. O meu marido usa um argumento indutivo para justificar o uso de argumentos indutivos.PROFESSOR HUME: Isso é terrível. Há quanto tempo é que ele age desse modo? MULHER: Que me lembre, sempre agiu.
HUME: Então, por que não veio ter comigo mais cedo? MULHER: Eu teria vindo, mas precisávamos (das conclusões) dos argumentos indutivos. HUME: Creio que também eu preciso deles.
John Allen Paulos, Penso, logo rio, Ed. Inquérito, 1988, Trad. Luís Serrão, p.71
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