Acabei de ler num teste de um aluno que a filosofia é uma
ciência não exata. Serve este post para esclarecer que esta ideia é incorreta.
Ocasionalmente lemos em alguns textos a distinção entre
ciências exatas e ciências não exatas. Ora, isto está errado. Não existem umas
ciências mais exatas e outras menos exatas. Seria muito menos errado se
falássemos apenas em ciências e que todas são exatas. Mas isto também não é
inteiramente correto já que a filosofia não é uma ciência e nem por isso
podemos afirmar que não é exata. Portanto, a designação ciências exatas é
desadequada. A ciência opera por elaboração de teorias após pesquisa que são
sujeitas a testes da experiência. Se resistirem aos testes, então as teorias
vão sendo corroboradas. Os testes são a prova dos nove das teorias científicas.
São científicas as teorias que mais resistem aos testes empíricos. E é por esta
razão também que a filosofia não é uma ciência, já que a natureza dos problemas
filosóficos não permite este tipo de teste empírico.
Mas daí não se segue que a filosofia não seja exata, ou que
seja menos exata que uma ciência. As melhores teorias para resolver um problema
em filosofia são aquelas que resistem ao teste das objeções e contra
argumentação. Enquanto resistem são boas teorias. Acontece que, ao contrário
das ciências, na filosofia conseguimos para um mesmo problema ter duas teorias
diferentes que resistem muito bem a objeções. Isto sucede porque os problemas
da filosofia são muitas das vezes mais difíceis de obter resultados.
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