A música feita por negros nos Estados Unidos da América está carregada
de protesto, de dor, sofrimento, mas também de alegria e felicidade. Os afro-americanos
inventaram o blues que eletrizado deu origem ao rock. Inventaram o jazz, um dos
estilos musicais mais especiais que a humanidade jamais inventou. Nos meios
urbanos inventaram o RAP Hip-Hop. Daqui não se segue que a criatividade seja
exclusiva dos negros, mas o seu legado a cantar blues enquanto construíam como
escravos as linhas de férreas nos EUA acabaram por nos deixar um legado, um
tesouro impressionante. Temos em Portugal um ditado popular que talvez expresse
bem esta realidade: “quem canta, seus males espanta”. Hoje em dia talvez não faça
qualquer sentido falar em música de negros ou brancos. Felizmente a liberdade
acabou com os escravos negros e essa separação deixou de fazer qualquer
sentido.
Uma sugestão musical que é no fundo uma herança direta do
blues. Um jovem negro americano com um talento na voz de exceção. Chama-se
Willis Earl Beal e lançou em 2013 um disco que vale a pena ouvir. Fica uma
amostra.
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