sexta-feira, 17 de maio de 2013

Ética e política nos manuais - esclarecimento



Recentemente um colega colocou-me uma questão sobre alguns manuais que não abordam na unidade de ética e política o problema da natureza do estado com John Locke e Aristóteles. A resposta é muito simples, apesar de alguns professores aparentemente ainda a desconhecer: porque não é um problema vinculativo, quer no programa oficial, quer no documento datado de 2011 com indicações mais precisas sobre os conteúdos a abordar no exame de filosofia. Esta confusão deriva do facto de se pensar ainda que as Orientações para a Leccionação da Filosofia estão homologadas. Acontece que essas orientações foram suspensas em 2006 (ver aqui o documento oficial que as suspende), pelo que não há qualquer imposição de conteúdo das mesmas. Sendo assim, alguns autores optaram por outros percursos, enquanto outros conservaram o mesmo conteúdo outrora vinculado nas orientações. Creio que seria mais fácil até para um autor não alterar nada e deixar como está. Mas por outro lado até vejo como positivo aproveitar a liberdade que o programa dá e traçar um percurso original. Entre esses manuais que optaram por percursos diferentes e, na minha opinião, que até poupam algum tempo aos professores, são o Diálogos (Texto Editora), Filosofia 10 (Santillana), 50 Lições (Didáctica) e Razões de Ser (Porto).
Em conclusão, nenhum professor pode em boa fé recusar um manual (seja ele qual for) baseado no argumento de que não aborda o problema da natureza do estado.
Obs: dada a limitação de tempo e querendo com alguma urgência responder a um colega aqui no blogue, não fui verificar os manuais citados. Fi-lo de cor. Se por acaso errei, agradeço a correcção que farei de imediato. De memória, são os manuais citados aqueles que optaram por percursos diferentes. 

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