tag:blogger.com,1999:blog-84945670281818408052024-03-19T08:47:18.437+00:00Filosofia no Ensino SecundárioNovidades editoriais de interesse para professores e estudantes de filosofiaRolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.comBlogger855125tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-56258981909324590492024-03-18T18:56:00.007+00:002024-03-18T18:56:41.350+00:00Pequena introdução à lógica proposicional clássica<p><span style="font-size: large;">Inseri na secção "Videos" deste blogue uma nova aula, inicialmente gravada apenas para os meus alunos, mas disponibilizada para todos. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/WkfPA-cHwsc" width="320" youtube-src-id="WkfPA-cHwsc"></iframe></div><br /><p><br /></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-68210458597125839742024-03-18T13:10:00.010+00:002024-03-18T14:05:18.665+00:00Apontamentos sobre avaliação e classificação<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: x-large;"><span face="Aptos, sans-serif">O grande objetivo do ensino é que os alunos aprendam. E a aprendizagem implica a aquisição de ferramentas mais ou menos teóricas que lhes permitam ser autónomos. De uma maneira simples, mas não menos exata, é para isso que serve o ensino. Um exemplo: em filosofia trabalhamos filosofia da arte. Na filosofia da arte trabalhamos o problema de saber que propriedades (se é que as há) distinguem um objeto que consideramos de arte de um que não o é. No início do estudo é mais ou menos natural que o estudante resuma uma resposta com esta natureza: é arte aquilo que cada um considerar arte. Esta é uma posição subjetivista e nenhum aluno está impedido de defender uma posição subjetivista. Mas se após umas semanas a estudar teorias no final o aluno ainda assim considerar o mesmo sem pelo menos hesitar, talvez isso seja sintoma de que não progrediu em competências. O curioso é que isto pode acontecer – ainda que seja mais difícil – a alunos que fazem apenas</span><span face="Aptos, sans-serif"> </span><i>copy paste</i><span face="Aptos, sans-serif"> </span><span face="Aptos, sans-serif">e o sistema de ensino reconhece-os como excelentes alunos. Contudo é impossível progredir sem conhecer as teorias, mas o conhecimento das teorias não é suficiente já que é também necessário que se pense autonomamente sobre o que se estuda. O trabalho do professor é, naturalmente, inventariar processos para avaliar. No ensino secundário, com honrosas exceções, esta avaliação mede-se entre 70% a 90% com testes escritos. E nos testes escritos, de filosofia, ainda persiste uma percentagem muito grande para a resposta final onde se pede ao aluno que disserte autonomamente sobre o problema. E classifica-se assim o aluno. Os próprios manuais de ensino, os mais adotados, incluem testes com resposta de desenvolvimento que valem 5 valores em 20. Ora, vou aqui defender e tentar mostrar que isto é errado e um modo agressivo de fazer uma avaliação. Defendo isto porque dar uma percentagem de 25% da classificação num teste a uma tipologia de questão é apenas dar a vantagem a quem melhor se sai nessa tipologia de questões. O IAVE já se deu conta disso e uma questão de desenvolvimento vale apenas mais umas décimas que uma de escolha múltipla. Pela experiência que tenho, muitos professores acham isso apenas uma maneira de facilitar. E não é. Abundam estudos empíricos em avaliação que revelam que a maneira mais justa de avaliar é fazer uma distribuição equitativa pelas diferentes tipologias de questão. E o mesmo pelas várias tipologias de classificação de final de período, o que desde já chumbaria, suspeito, a maioria das escolas portuguesas quando colocam os testes no patamar dos 70% a 90%. Não vou tanto centrar-me nos critérios gerais, mas mais naquilo que vejo recorrentemente acontecer em testes. E assumo desde já ser um erro que testes valham mais que 50% da classificação final dos alunos. E o desempenho que um aluno pode ter no exame nunca se deveria medir pelo desempenho que tem ao longo do ano. Nem me parece ser um exercício muito difícil perceber que um aluno pode ter um excelente desempenho a trabalhar em projeto e um mau desempenho a fazer um exame. Ora se estivermos apenas a ver como objetivo que desempenho terá esse aluno no exame e o classificarmos tal como é feito num exame, apenas estamos a salvaguardar uma eventual imagem do professor e da escola para assegurar que a média interna iguala a média dos exames. Isto tem sido a pressão a que as escolas se sujeitam com os rankings. Defendo que as escolas deveriam reivindicar uma diversidade de avaliações. Pese embora, claro, qualquer profissional numa escola deseja um bom desempenho dos seus alunos em exames. Mas pode prepará-los para exames ao mesmo tempo que não sujeita os alunos a testes que são apenas modelos de exames. Isto, na minha opinião, distorce um pouco o ensino e torna-o bastante menos inclusivo. </span></span></div><p class="MsoNormal" style="margin: 0cm;"><span style="font-family: arial; font-size: x-large;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: x-large;">Vamos aos testes. Se um teste – no caso de filosofia – tem uma questão que vale 25% de todo o teste, está-se a privilegiar apenas os alunos que melhor desempenho tem nessa competência. No caso específico da filosofia a defesa é que o aluno de filosofia tem de saber interpretar e expor o que pensa em texto. E estiou de acordo com isso. Contudo nem todos os alunos de filosofia querem ser filósofos. Além disso abundam os filósofos que nem por isso são bons escritores e até se revela muito difícil compreender o que escreveram. É por isso que agradeço a Russell escrever tão claramente e nem por isso agradeço o tom metaforicamente embrulhado de um Nietzsche. Mas não é necessário ir tão longe. A questão a fazer é simples: poderá um aluno de filosofia responder pelo menos a 50% do teste sem por isso ser um grande escritor? E a resposta mais óbvia é sim. Isto porque a filosofia não resulta – sequer – de uma escolha do aluno no secundário. É uma disciplina que o aluno está sujeito obrigatoriamente nos cursos gerais. Por outro lado, se queremos dar uma real oportunidade aos alunos de se preparem para o exame, porque não, então, fazer testes cuja classificação é aproximadamente igual à dos exames? Fiquei tanto mais admirado quando na ultima fornada de manuais escolares onde as propostas dos testes são feitos da maneira clássica onde ou se sabe escrever bem ou então é mais difícil uma excelente classificação. Pode-se até conceber um teste onde uma resposta de desenvolvimento tenha esse peso. Fazê-lo de maneira sistemática é excluir e não incluir, Mais radical que isto foram os meus primeiros anos de ensino nos quais os testes eram apenas 4 questões de desenvolvimento e cada uma valia 5 valores. Hoje olho para trás e penso em duas coisas: 1ª a quantidade de alunos que sofreram injustamente com esta forma de os classificar 2º que nesses tempos fazia algum sentido pois na verdade apenas os alunos com esse tipo de competência estavam no secundário. Mas sejamos justos: ensinar quem já vem ensinadinho de casa é fácil. Difícil é ensinar os outros, que são exatamente aqueles que dão sentido ao trabalho de um professor, os que não nos chegam às mãos com estas competências desenvolvidas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: x-large;">Recentemente nas Olimpíadas de Filosofia, o professor Carlos Café foi convidado para “explicar” como se trabalha a classificar e avaliar com o PPF, Projeto Pessoal de Filosofia. Tenho relativo conhecimento de como se faz, até porque o Carlos Café faz questão de o divulgar de maneira intensiva nas suas redes sociais. A questão a colocar é: os alunos do professor Carlos Café e da escola onde trabalha aprendem menos filosofia e a filosofar que os outros porque não passam o ano focados em fazer testes para os preparar para exame nos quais tem de saber redigir uma resposta que vale 25% do total de um teste? E a resposta é: NÃO. São este tipo de exemplos que nos revelam que muitas vezes a maneira como estamos a avaliar e classificar servem mais os nossos interesses de professores e expõem também a nossa incapacidade de fazer aquilo que em educação deveria ser mais a regra: diversificar e arriscar. O primeiro passo é simples: acertem com os vossos alunos: vamos fazer um teste diferente do habitual. E surpreendam-se quando os melhores deixarem de o ser de maneira destacada porque outros começam a brilhar. Ou então nos vossos grupos de trabalho tenham a coragem de alterar as percentagens da avaliação. Há muitas maneiras de o fazer. Somos professores para encontrar as melhores maneiras. No exame já se faz. E nós achamos que o exame é que é mau. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtoXyLJrex1bysR74fCG3Tt3_5IezJaAbHJkhWxWHnnPHbQKGw05mkB0nWois6uo4Fy0Fyn_sDrh38rAEhimMr4AK3AVa8BHH7FfEGE9Byp1Enog43Vr3pqHFgLE8Z_ekrgMetAZw_s3aETzMv-dg1v29j2JM3LUi6gRUeWC3YzbhNC4PNoqmW80VZm725/s900/exames_prova-de-afericao.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="497" data-original-width="900" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtoXyLJrex1bysR74fCG3Tt3_5IezJaAbHJkhWxWHnnPHbQKGw05mkB0nWois6uo4Fy0Fyn_sDrh38rAEhimMr4AK3AVa8BHH7FfEGE9Byp1Enog43Vr3pqHFgLE8Z_ekrgMetAZw_s3aETzMv-dg1v29j2JM3LUi6gRUeWC3YzbhNC4PNoqmW80VZm725/w400-h221/exames_prova-de-afericao.jpg" width="400" /></a></span></div><span style="font-size: large;"><br /></span><o:p></o:p><p></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-91270222027372392332024-02-16T17:12:00.001+00:002024-02-16T17:12:10.322+00:00Como montar uma primeira aula de filosofia da arte? Uma sugestão<p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Bem, normalmente chama-se “planificar”. Mas eu gosto de sair dos formalismos para mostrar que podemos fazer melhor colocando de lado grande parte das formalidades, pelo que uso o termo “montar” em vez de “planificar”. E para o fazer temos de começar por saber muito bem o que esperamos que o aluno aprenda. E como vamos avaliá-lo. O primeiro passo é, pois, esclarecer os alunos disso mesmo. Mas neste momento não devemos abrir todo o jogo revelando o conteúdo. É necessário deixar no ar as perguntas e apenas temos de explicitar as regras: “Vamos estudar a unidade X. Nela vamos encontrar um problema e temos de o explorar estudando as diversas respostas dos filósofos”. Depois deste primeiro momento pedimos aos alunos que tragam para a aula um objeto que tenha significado artístico, o exibam aos colegas e expliquem porque o consideram arte. Não é preciso dar grandes dicas, talvez até seja melhor não fornecer qualquer pista. Apenas tem de ser um objeto que considerem arte e que expliquem porque o consideram como tal. Segue-se, pois, uma parte da aula em que os alunos fazem a sua exposição. O professor aqui pode ajudar a sintetizar numa teoria aquilo que cada aluno expõe. “Ah, o queres dizer é que para ti esse objeto é arte porque te ajuda a exprimir o teu sentimento.”, “Ah bem, consideras esse objeto um objeto de arte porque te conduz a um mundo completamente diferente do real”, “Esse objeto então é arte porque representa bem a realidade”, “esse é arte porque tem traços especiais, um design diferente”, etc.. Se repararem já temos aqui uma pequena coleção de algumas das teorias que vamos explorar. Advirtam os alunos para não esquecerem o que disseram sobre os seus objetos e que tentem ao longo do percurso de estudo encontrar alguma teoria que coincida com a sua. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">O exercício seguinte consiste num powerpoint com um conjunto de imagens de objetos, uns que são arte e outros não, uns que são controversos, objetos que podem ir desde uns chinelos de quarto às meninas de Velasquez, etc... e pede-se aos alunos que assim que visualizam cada imagem digam apenas “é” ou “não é”. No final percorre-se de novo cada imagem revelando se são ou não consideradas arte e até falando um pouco de algumas para que os alunos contatem com nomes do mundo da arte. Também se podem usar vídeos. Por exemplo, eu uso um vídeo de uma orquestra a interpretar os 4m33s de Cage. A perplexidade vale a pena. Mas também uso um pequeno vídeo com Kendrick Lamar. Nas minhas aulas de filosofia da arte que gravei para a RTPM (<a href="http://filosofiaes.blogspot.com/p/telensino-secretaria-regional-da.html" style="color: #954f72;">ver na secção Telensino deste blogue</a>) mostrei um solo de Jimy Page (que foi cortado no Youtube por causa dos direitos de autor). E, na minha opinião, devemos usar exemplos da localidade onde vivemos. Por exemplo, a esmagadora maioria dos meus alunos do secundário não fazem ideia de que o Museu de Arte Contemporânea da Madeira fica na casa contígua à casa das Mudas, na Calheta que é obra de Paulo David, um arquiteto madeirense. Neste momento decorre a exposição nesse museu da artista madeirense Lourdes de Castro. Convém aproveitar o momento para explorar aquilo que é grátis e está apenas ao lado da nossa casa. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Depois destas atividades e momentos iniciais começa a parte teórica. Explicamos o que é uma boa definição e expomos o esquema das famílias de teorias que procuram responder ao problema. Podemos também mostrar que além do problema da definição existem muitos outros problemas filosóficos sobre a arte. E, muito importante, mostrar porque é que o problema da definição é um problema da filosofia e não um problema dos pintores ou dançarinos ou escritores. Ocasionalmente, como fiz nas aulas do Telensino, podemos mostrar o interesse prático na definição da arte (afinal se os lugares não forem belos ninguém os quer visitar, por exemplo) e a partir daí explicar o interesse filosófico. Aqui o percurso é relativamente livre. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Um exercício interessante é o trabalho de grupo. Dependendo da dimensão das turmas cada grupo pode trabalhar uma teoria. Determina-se o tempo para trabalhar essa teoria e apresentá-la aos colegas. Atenção que na maioria dos casos 70% ou mais da avaliação dos alunos decorre dos testes escritos (discordo disto, mas é a realidade). Temos então de ter em atenção que convém talvez no final o professor enquadrar muito bem todas as teorias e praticar pelo menos uma ficha antes do teste. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">As aulas de filosofia da arte são também um momento cultural que, infelizmente, para muitos alunos é uma das únicas oportunidades nas suas vidas de contactar com obras de Warhol, Picasso, Miró, Lichtenstein, Almada Negreiros. Há que aproveitar o melhor possível. </span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/AWVUp12XPpU" width="320" youtube-src-id="AWVUp12XPpU"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">John Cage, 4`33"</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/5GhhVHpPR_M" width="320" youtube-src-id="5GhhVHpPR_M"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Kendrick Lamar Count Me Out</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/xlf68X2qEpM" width="320" youtube-src-id="xlf68X2qEpM"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Marina Abramovic The artist is present</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><br /></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-41150013011871509102024-01-15T15:10:00.000+00:002024-01-15T15:10:11.880+00:00Um diálogo cheio de falácias<p><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Este pequeno trabalho foi a apresentação de um grupo de alunos que tive o ano passado no 10º ano, 0 10º4 e continuo com eles no 11º, o 11º4. Quando pedi um trabalho de grupo sobre as falácias informais, apresentaram este pequeno diálogo que fica agora aqui registado no FES.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><u>As falácias informais são quando a conclusão não é devidamente justificada.<o:p></o:p></u></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><u>Diálogo:</u><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><u><br /></u></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">1: O suicídio é moralmente errado porque acredito que é incorreto tirar a própria vida.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">2: Esse argumento fui usado para justificar o que tu queres, como justificação da sua conclusão. É uma petição de princípio.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">1: O quê? Está a dizer-me que estou errado? Enfim, o que está claro é que se a vida tem um objetivo, então não é uma ação moral pôr-lhe um fim.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">2: Aí está um falso dilema, porque omitiu informações que podiam ser importantes.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">1: Depois do suicídio do seu amigo, houve uma pandemia quase fatal para o mundo, e tu passaste a ser a favor do suicídio!<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">2: Por favor, tente não cometer tantas falácias enquanto fala. Pudemos observar aqui uma falsa relação causal, porque o facto de o meu amigo ter se suicidado, nada tem a ver com a pandemia, sendo que foi um acontecimento que veio muito depois do ocorrido.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">1: Pois, se tu achas que é assim, se o suicídio se tornar moralmente correto, então, vai ser considerado pela população um ato normal, logo uma cidade suicida-se levando um país inteiro a fazer o mesmo, consequentemente desencadeando um suicídio em massa.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">2: Uma falácia de derrapagem! Hahaha! Isso é muito improvável de acontecer!<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">1: Mas então, imagine que uma mãe comete suicídio e deixa uma criança desamparada. Acha isso correto?<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">2: Está a tentar com apelo às emoções para que concordem contigo, considerando o suicídio moralmente errado? Isso é uma falácia de ad populum.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">1: Pense comigo, isto está certo! Toda a minha família acha que o suicídio é moralmente errado, logo o suicídio é considerado moralmente errado para todo o mundo.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">2: Isso é uma falácia de má generalização, usou uma amostra pouco válida, para tirar uma conclusão. Uma generalização precipitada.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">1: O suicídio é moralmente errado de acordo com o Messi, logo, o suicídio é moralmente errado para todos.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">2: Um apelo ilegítimo á autoridade, usou uma figura que pouco sabe sobre este assunto.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">1: Ainda ninguém provou que o suicídio é moralmente correto, logo para mim o suicídio é moralmente errado, até que seja provado o contrário.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">2: Isto é um apelo á ignorância, porque apesar de ninguém ter ainda conseguido provar este facto, não significa que o suicídio seja moralmente errado.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">1: Mas tu que és ateu e africano, pensas que sabes o suicídio é moralmente correto? Sendo que nem a tua própria família consegues gerir, vens desmentir-me em frente deste público?<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">2: Mantenha a minha vida pessoal fora disto, só porque ficou sem argumentos vem atacar o homem, atacar não é uma boa razão para justificar que o suicídio é moralmente errado. Isso é uma falácia ad Homimem.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">1: Ora, se optas por ir para o trabalho doente e criticam por estares doente, então se decidem se suicidar também devia ser criticado. Por isso, na minha escolha de criticar que o suicídio é moralmente errado está certa.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 15.693334px; margin: 0cm 0cm 8pt;"><span style="line-height: 17.120001px;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">2: Um falso dilema! O suicídio nada tem haver com o facto de eu estar doente e ir para o trabalho.</span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-81805501722204906402023-10-29T09:50:00.000+00:002023-10-29T09:50:02.842+00:00Como montar uma aula sobre Descartes com recursos digitais, ou a ficha tripla cartesiana?<span style="font-family: Calibri, sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Esta aula pode funcionar como uma ficha tripla, com 3 entradas que aqui vou chamar fases.</span></span><div><span style="font-family: Calibri, sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div><div><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; text-align: justify;"> <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiONCr7I9Ua2bun-jONq-qBSZdbsd1W6X_j34aQl6IT5xUoiwahYmZxkZqv8AWKtG6QX9wU58V00IC4JMRSxMPVYj1PBml3t8Rr7CLSnEVBjgMTadrAszaTKZ7qw1TGKM1NT8S3-GFMrohQqPS6qJN6isVrGJt4LeDKqpDvxcc8BVtiwwpycsDzH0LsSRca/s642/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-10-29,%20a%CC%80s%2009.36.07.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="514" data-original-width="642" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiONCr7I9Ua2bun-jONq-qBSZdbsd1W6X_j34aQl6IT5xUoiwahYmZxkZqv8AWKtG6QX9wU58V00IC4JMRSxMPVYj1PBml3t8Rr7CLSnEVBjgMTadrAszaTKZ7qw1TGKM1NT8S3-GFMrohQqPS6qJN6isVrGJt4LeDKqpDvxcc8BVtiwwpycsDzH0LsSRca/s320/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-10-29,%20a%CC%80s%2009.36.07.png" width="320" /></a></div></span><br /></span><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-size: large;"> </span></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Fase 1: Podemos começar com o ChatGPT. Com este recurso pedimos aos alunos que perguntem a esta ferramenta de IA a importância de Descartes. A orientação deverá ser no sentido não de escreverem para o caderno tudo o que leram, mas que consigam retirar o essencial para depois explicarem numa síntese em diálogo. Não se deve orientar muito a questão para que ela possa ser colocada de diferentes maneiras obtendo respostas substancialmente diferentes. Até podem perguntar por que razão Descartes não é relevante e analisar a resposta. Cerca de 15 minutos para esta tarefa chegam, sendo que depois temos de dispensar mais uns 10 para a síntese final em diálogo. O objetivo é que os alunos percebam que mesmo num mundo em que a tecnologia muda muito, os pilares da ciência e do conhecimento são de mudança mais lenta. E um autor do sec xvii ainda nos tem muito a dizer no modo como compreendemos atualmente o conhecimento em geral e a ciência, em particular, já que alguns dos problemas levantados tem implicações na unidade seguinte do programa, a filosofia da ciência e tratam-se de problemas que exigem ampla discussão argumentativa.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_mcl069VTvOlDT-85TrvAZgQ07uE8bH2Fc3HDTq4j9vdx6iaL6A5G3R5fT_wi28Rplk3XGPyOv6yaKePsNLeI7_92A7CaHQUTHmN9JnXgoEflGejnRgJ9je5iOsf3LFNWPg0KkfV42kdnURDbRbTzHGc16zuSp5At8nEO2iaayxAWJ7wstlfinkFapMvM/s828/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-10-29,%20a%CC%80s%2009.33.47.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="430" data-original-width="828" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_mcl069VTvOlDT-85TrvAZgQ07uE8bH2Fc3HDTq4j9vdx6iaL6A5G3R5fT_wi28Rplk3XGPyOv6yaKePsNLeI7_92A7CaHQUTHmN9JnXgoEflGejnRgJ9je5iOsf3LFNWPg0KkfV42kdnURDbRbTzHGc16zuSp5At8nEO2iaayxAWJ7wstlfinkFapMvM/s320/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-10-29,%20a%CC%80s%2009.33.47.png" width="320" /></a></div><br /><span style="font-size: large;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-size: large;"> </span></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Fase 2: Elaborei previamente um itinerário que segue dois podcasts explicativos. Distribuo numa plataforma online (posso fazê-lo enquanto os alunos completam a fase1), como a Classroom ou, no caso dos manuais digitais, na própria plataforma do manual, um conjunto de apontamentos que eu próprio fiz sobre toda a teoria epistemológica de Descartes. Pode-se ensinar Descartes com itinerários muito diferentes. Creio que aqui a inspiração deverá mesmo ser a das <i>Meditações Sobre Filosofia Primeira</i>. Como sabem, nesse livro, Descartes explica pacientemente todos os momentos do seu pensamento. Parece que faz com a filosofia algo semelhante ao que Eça de Queiroz faz com as descrições minuciosas (e que os alunos nem sempre gostam) para depurar a escrita. Temos de fazer esse percurso, mas de uma maneira muito mais abreviada e mesmo cometendo uma ou outra asneira deliberada para que os alunos não só compreendam a explicação, mas que também a apreciem e vislumbrem algumas subtilezas dos raciocínios e para que todas as peças encaixem bem (o génio maligno, a dúvida metódica, o argumento dos sonhos, o papel de Deus e cogito). Esses apontamentos podem ser feitos digitalmente para quem usar essas ferramentas. Dá um aspeto colorido o que torna as matérias mais interessantes, talvez. E os alunos adoram ter acesso aos apontamentos dos seus professores. Eu faço-os no meu ipad (ver fotos). Mas também podem ser feitos num caderno físico. É igual, com a vantagem que no digital distribuímos mais facilmente em PDF. Ou pode-se usar o quadro e ir escrevendo, com a desvantagem de os alunos perderem imenso tempo a passar e nós nos cansarmos mais a escrever. Bem, também podem fazer fotocópias e distribuir, com a desvantagem que não vão ser coloridas. A questão é a de ser criativo. Este exercício pode consumir quase toda o resto do tempo da aula, o que fará com que a fase 3 tenha de passar para a aula seguinte. Não há problema. Vamos ver como funciona uma aula de Educação Física. Vamos supor que o professor pede ao aluno que corra 3 voltas a um estádio (na minha escola existe um estádio dentro da escola, daqueles com bancada de um lado e do outro e tudo). No final o aluno, ofegante, pergunta ao professor o que faz agora? Seria estranho que o professor lhe respondesse que teria agora de fazer 20 flexões. Provavelmente (não sou professor de ed. Física) o que o professor dirá será algo como: agora bebe água e descansa para recuperares. Numa aula de filosofia deve-se fazer exatamente o mesmo: depois de uma maratona intelectual a tentar compreender conteúdos nem sempre fáceis, o professor deve dizer, agora descansem um pouco, pois a corrida do cérebro atento também é exigente. Bem, a diferença é que o professor de educação física vê o aluno a correr fisicamente e o de filosofia não o vê a correr intelectualmente. Não? Não é bem assim, pois o de filosofia pode colocar uma ou duas questões aos alunos para tentar perceber como foi a corrida, se foi bem ou mal feita. Mais uma vez, use-se a criatividade. Mas deixem-nos descansar uns 5 minutos. Os resultados são quase sempre melhores. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9ZvtAmuMPXyMYW_e3Fb0-SOPMRLJnKm7pqD68GlIWpsPb1OEkszvZKsYGgwgIMH-px5_fMHj0Fqv6QO1AxG692QCcHLK-zdu9MbcNbTi10TDZeUka8mzULc9yBj20tJDRzDijYoaR_nB6gpI9KjZf1-4LN8iXQQPgG65Pi-MlR8EhyphenhyphenTm-C4qZEYy89kik/s618/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-10-29,%20a%CC%80s%2009.32.32.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="618" data-original-width="511" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9ZvtAmuMPXyMYW_e3Fb0-SOPMRLJnKm7pqD68GlIWpsPb1OEkszvZKsYGgwgIMH-px5_fMHj0Fqv6QO1AxG692QCcHLK-zdu9MbcNbTi10TDZeUka8mzULc9yBj20tJDRzDijYoaR_nB6gpI9KjZf1-4LN8iXQQPgG65Pi-MlR8EhyphenhyphenTm-C4qZEYy89kik/s320/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-10-29,%20a%CC%80s%2009.32.32.png" width="265" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJBUriO94uqloYwBGkiPNgRt1xTbAmnThz1sd-wPu9-kI1Bx58OALeXBaZTQ2ar9zguw9JX8IxBLkmM6Ws_icXHOBcFautNhyoRiLhaOuVA4ZyL72_vzQfe33hnp_x2uzKdxL2WZvfl95XoKgE83ZaAleXp2OtntMz40KJEv3WRuUrnmUBBzQwOWIUTB4T/s641/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-10-29,%20a%CC%80s%2009.32.42.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="641" data-original-width="504" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJBUriO94uqloYwBGkiPNgRt1xTbAmnThz1sd-wPu9-kI1Bx58OALeXBaZTQ2ar9zguw9JX8IxBLkmM6Ws_icXHOBcFautNhyoRiLhaOuVA4ZyL72_vzQfe33hnp_x2uzKdxL2WZvfl95XoKgE83ZaAleXp2OtntMz40KJEv3WRuUrnmUBBzQwOWIUTB4T/s320/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-10-29,%20a%CC%80s%2009.32.42.png" width="252" /></a></div><br /><span style="font-size: large;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-size: large;"> </span></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Fase 3: os podcasts. Os alunos estão munidos do conhecimento teórico sobre a teoria de Descartes. Agora vão ouvir dois podcasts (para tal usam os computadores ou, em alternativa, para quem não trabalha com os manuais digitais, os smartphones). O professor deverá pedir previamente que tragam auriculares. Claro que se pode ler conjuntamente. Também tem as suas vantagens. Mas atribuir um tempo à tarefa e deixar que cada um faça o seu trabalho respeita melhor diferentes ritmos de aprendizagem. O professor deve explicar que podem andar para trás para tentarem compreender o que lá se está a dizer. E devem tirar algumas notas, usando, para tal, o pause. Esta tarefa pode consumir uma aula inteira de 90 minutos. E os podcasts? Podem fazer como eu que os gravo em casa para uso dos meus alunos. Ou podem usar os do professor Carlos Café que durante a pandemia gravou excelentes podcasts para os seus alunos. Ou se quiserem podem fazer esta tarefa com um vídeo (há muitos no Youtube). Ou podem nem sequer fazer esta tarefa!!! É apenas uma sugestão de um itinerário sobre Descartes. Devemos também ter o cuidado que este percurso acompanhe o percurso dos autores do manual que os alunos têm para estudar, para evitar dispersão entre aquilo que o professor está a fazer na aula e aquilo que o aluno tem para estudar em casa no livro. E é exatamente com o livro que eu termino esta aula, pois aproveito o manual para fazer alguns exercícios finais que serão muito semelhantes quer aos do exame nacional, quer aos dos testes da disciplina. No caso dos alunos com manuais digitais a vantagem é que todos tem acesso ao caderno de atividades e nele há muitos mais exercícios, coisa que nem sempre acontece com quem trabalha com manuais físicos dado que nem todos os alunos compram os cadernos de atividades e se forem professores como eu que gostam de poupar uns trocos aos pais, também não os vão exigir. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-size: large;"> </span></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Há uma garantia que temos: se os alunos gostarem de aprender, se tiverem gosto, vão certamente fazer melhores testes e exames. </span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggZUYRYkf_r2Hew8voGeKrJKiDocRYcR8rm8RNW4-fipiSVDRX53ye4RBxx4gtAR3xnBaVj6luBO0wbIXTheZjmfTtSdmM0YIidnDrO1cEvN6sAYvYG9Dvu-7n7VFcvKFBCrSj2y2GrKRiI54iH7T6yQUMExpEnXTl0wsWWU7-8sFY77HO0ZVAM0dmMWOu/s567/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-10-29,%20a%CC%80s%2009.33.33.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="567" data-original-width="411" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggZUYRYkf_r2Hew8voGeKrJKiDocRYcR8rm8RNW4-fipiSVDRX53ye4RBxx4gtAR3xnBaVj6luBO0wbIXTheZjmfTtSdmM0YIidnDrO1cEvN6sAYvYG9Dvu-7n7VFcvKFBCrSj2y2GrKRiI54iH7T6yQUMExpEnXTl0wsWWU7-8sFY77HO0ZVAM0dmMWOu/s320/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-10-29,%20a%CC%80s%2009.33.33.png" width="232" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs9x9wPox28q8n6uNxVDOgZtb7UH69U4wRqsHzH0LhM8NUoA4M6C_onYZsZ1mEjGFsMK4GiS0FiydoYXPvcHKu0PsQ-wDajrGJumn3r1uU7x8-aO8iBudA5afTzK6ZTweqyg7TMi6wbrPPD7Wn3Of16IfqyLvoU6wrpYRaiHbGcTCjyVjiDhlh9dI98E9I/s927/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-10-29,%20a%CC%80s%2009.33.07.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="604" data-original-width="927" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs9x9wPox28q8n6uNxVDOgZtb7UH69U4wRqsHzH0LhM8NUoA4M6C_onYZsZ1mEjGFsMK4GiS0FiydoYXPvcHKu0PsQ-wDajrGJumn3r1uU7x8-aO8iBudA5afTzK6ZTweqyg7TMi6wbrPPD7Wn3Of16IfqyLvoU6wrpYRaiHbGcTCjyVjiDhlh9dI98E9I/s320/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-10-29,%20a%CC%80s%2009.33.07.png" width="320" /></a></div><br /><span style="font-size: large;"><br /></span><p></p></div>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-80324354292304891092023-10-08T21:42:00.003+01:002023-10-08T21:42:19.693+01:00Professores e profissão<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Em Agosto (2023) fui contactado pelo Jornal Público para um trabalho sobre a situação profissional dos professores na ilha da Madeira. Fica aqui o registo. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV5Q0zB8m7lw0hZjP-NcuNkilgLAA1tX5tYG5ePMPD6vPoCrfZFINXIEf3jJCS6pjmfOyash34Xtun9tP3FXTMbSEwv6NZM9dFL716VPY8AocyFBNU7GjXvMIPY8UtkJypO9Ayk8ncR3H21gvapCrs2g369Nxb3t7TV5haneK8hexVAlamQtzLcGzsM6rV/s1593/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-09-27,%20a%CC%80s%2015.48.03.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1230" data-original-width="1593" height="494" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV5Q0zB8m7lw0hZjP-NcuNkilgLAA1tX5tYG5ePMPD6vPoCrfZFINXIEf3jJCS6pjmfOyash34Xtun9tP3FXTMbSEwv6NZM9dFL716VPY8AocyFBNU7GjXvMIPY8UtkJypO9Ayk8ncR3H21gvapCrs2g369Nxb3t7TV5haneK8hexVAlamQtzLcGzsM6rV/w640-h494/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-09-27,%20a%CC%80s%2015.48.03.png" width="640" /></a></div><br /><span style="font-size: medium;"><br /></span><p></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-58421601970890365352023-09-12T16:58:00.005+01:002023-09-12T17:01:58.434+01:00Epistemologia e Natação <div style="text-align: left;"><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Este ano vou ensinar 11º, filosofia, pois. E começo bem, com a minha área da filosofia preferida, mas provavelmente aquela que começa por soar como uma das mais áridas aos estudantes. Estou a falar, pois, da epistemologia. Mas será a epistemologia uma área tão distante da realidade? Bem pelo contrário. Talvez por isso seja a que mais me incomoda. Ou uma das que mais me incomoda. Tenho um filho nadador federado. Posso perguntar-lhe por que razão as partidas em provas tão rápidas que se medem à milésima de segundo, são dadas com um apito e não, por exemplo, com um semáforo? Afinal de contas um semáforo não seria melhor em pleno sec. xxi? Os menos curiosos respondem que é assim porque é assim. Mas os mais teimosos voltam a questionar, mas por que é assim? Será por tradição? Podia ser. Mas não é. Acontece algo tão simples e ao mesmo tempo enigmático como isto: o nosso cérebro é mais lento a percecionar à luz (cor) do que ao som. Percecionar, disse bem. Isso significa que aquela cor que eu vejo mudar, mesmo ali à minha frente, afinal, não está a mudar quando eu penso que muda, mas um pouco antes? Sim, isso mesmo. Sabemos hoje que o cérebro processa milhares de bits, terabytes de informação. E tem de a alinhar. Nesse alinhamento entram os preconceitos, os sentimentos e eventualmente aspetos fisiológicos que eu desconheço em grande medida. Ora pois, há uma questão milenar (como praticamente todas as que são filosóficas) que subjaz a estas coisitas que estou aqui para atirar: então se o meu conhecimento da realidade é o resultado deste alinhamento, de todos estes processos externos e internos, como posso saber que sei mesmo o que é a realidade? Afinal, pois, o que é a realidade? </span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Esta questão é uma minúscula base para uma área de estudos fascinante que dá pano para mangas. Então, mas vale arregaçá-las e começar a estudar. É que se eu não tiver uma noção minimamente plausível do que seja a realidade, como posso saber que o que penso que ela é não passa apenas de um filme que eu gravei no meu cérebro? Enquanto isso se fores praticante de natação bem que podes fechar os olhos e estar muito atento ao que ouves. </span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-size: medium;"> </span></o:p></p></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho60ZFDDbSOm-vzuZloxjmaOS2djOS-KSTJ691xF1ynWPVm9isqcwDSxh8R58d3QMYwM4Rc8JHj7rqNWeb-k2f1hreZxrWnXjGRiH7tGu26_f54DPMZ6-KS5rs0xJwb_qLyMHa4XIgT8Q7eCZx20lZMwNSqo1TWgHMTh1594DPxQlD1Zj38TdroA5Esunf/s5703/52782346253_f627fc3cf1_o%20-%20co%CC%81pia.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3802" data-original-width="5703" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho60ZFDDbSOm-vzuZloxjmaOS2djOS-KSTJ691xF1ynWPVm9isqcwDSxh8R58d3QMYwM4Rc8JHj7rqNWeb-k2f1hreZxrWnXjGRiH7tGu26_f54DPMZ6-KS5rs0xJwb_qLyMHa4XIgT8Q7eCZx20lZMwNSqo1TWgHMTh1594DPxQlD1Zj38TdroA5Esunf/s320/52782346253_f627fc3cf1_o%20-%20co%CC%81pia.jpg" width="320" /></a></div> (foto do João a nadar pelo seu clube, o Naval do Funchal)<br /><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><br /></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-21236363514577766412023-08-07T16:38:00.005+01:002023-08-07T16:38:59.395+01:00Lógica em português<p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Foi com surpresa que soube desta publicação. Surpresa porque o autor é desconhecido para mim e é um colega professor de filosofia do ensino secundário. Apesar da obra seguir mais ou menos a proposta do ensino da lógica no ensino secundário é um estudo apenas destinado a professores e quem queira algum aprofundamento no conhecimento da lógica proposicional. Está muito bem escrito, com excelentes reflexões pessoais, com um modo de expor a filosofia bastante cuidadoso não descurando aquilo que se destina, ou seja, ao conhecimento técnico da aplicação da lógica ao raciocínio e ao raciocínio filosófico em especial, onde a lógica tem terreno fértil. Que me tenha apercebido só é vendido pela Amazon. Comprei-o na Amazon espanhola após ter visto um pouco do elenco que compõe este livro. E mesmo que o autor o apresente como uma introdução, pelo nível de rigor é já um estudo semiavançado, na minha opinião. Recomendo, pois, especialmente para professores que assim podem não apenas aprofundar conhecimentos, mas também recolher técnicas e exemplos bem úteis para tornar as aulas mais diversificadas. E daqui seguem os parabéns ao autor, pois não é de todo fácil um professor do secundário meter mãos à obra para trabalho desta envergadura. </span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibX2JE71EXqWjpcILebr03X_IMhkdGyzRly98wM__EOvEVWVmEyopyEyEHb2ZFhqasBf4WJbx7PlF3Kc99ctjcGwa59D54PwK7RYwab32o5P7H1F7DeC0l5W4Sejby8JUWr7vuHRQINY7awa4PkLWXAAOgf6dPHD-3Clpg-fVUn8sx3ZFNmp9FKmcuhztt/s1913/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-08-07,%20a%CC%80s%2016.28.33.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="755" data-original-width="1913" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibX2JE71EXqWjpcILebr03X_IMhkdGyzRly98wM__EOvEVWVmEyopyEyEHb2ZFhqasBf4WJbx7PlF3Kc99ctjcGwa59D54PwK7RYwab32o5P7H1F7DeC0l5W4Sejby8JUWr7vuHRQINY7awa4PkLWXAAOgf6dPHD-3Clpg-fVUn8sx3ZFNmp9FKmcuhztt/w640-h253/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-08-07,%20a%CC%80s%2016.28.33.png" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">António Mendes, <i>Lógica Proposicional e Pensamento Crítico. Quem tem razão?</i> (ed autor, 2023)</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.amazon.es/-/pt/dp/B0C87NMJ5Z?psc=1&ref=ppx_yo2ov_dt_b_product_details" target="_blank">COMPRAR AQUI</a></div><br /><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><br /></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-24320824234671291492023-06-27T13:57:00.001+01:002023-06-27T13:57:06.941+01:00Exame Nacional Filosofia 2023<p><span style="font-size: medium;"> Acabei de publicar na secção "Exames" as duas versões do Exame + critérios de correção. </span></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-6633830392203280662023-06-24T13:00:00.004+01:002023-06-24T13:00:24.386+01:00Luís Gottschalk, uma homenagem<p><span style="font-size: medium;">O professor Luís Maria Gottschalk é um colega que esteve sempre presente desde a formação deste blogue. Muito do que aqui foi feito foi pelas suas sugestões. Ao mesmo tempo o Luís partilhou sempre com amabilidade tudo o que sabia. O Luís foi um professor muito à frente do seu tempo e nunca o vi movido pelo preconceito ou pela idade que foi pesando, mas, antes, pela curiosidade e inteligência. Também lhe devo a ele algo do professor que me fui transformado nestes anos. Um abraço forte e sempre com a saudade que me deixa a mim e à minha família. Com gratidão eterna. </span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdeEyY9wqDzjG2tc3qRxCFdt0hXeRurVB94KeEd_uvKyC7x2ABJsSiC4qd_4GYlSYAU_7M0U0ePctZiSO5zdJ57h4HoUjYMmaM_MkVmXi18rAuQYYu-OmGdDFxYXzZyeSyrOBRlm1P6xEMEIrE5SQmAGBwjVLyGWyHbLh0mBU1iIXPsvVIwP__5s70D5bO/s225/1471330.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="225" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdeEyY9wqDzjG2tc3qRxCFdt0hXeRurVB94KeEd_uvKyC7x2ABJsSiC4qd_4GYlSYAU_7M0U0ePctZiSO5zdJ57h4HoUjYMmaM_MkVmXi18rAuQYYu-OmGdDFxYXzZyeSyrOBRlm1P6xEMEIrE5SQmAGBwjVLyGWyHbLh0mBU1iIXPsvVIwP__5s70D5bO/s1600/1471330.jpeg" width="225" /></a></div><br /><span style="font-size: medium;"><br /></span><p></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-78190409661234089502023-06-21T17:15:00.004+01:002023-06-21T19:41:14.344+01:00Exame de filosofia, como estudar?<div style="text-align: justify;"><span face="Calibri, sans-serif"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZTx1mcbG54_HrcTm_ltR2h_o7LUB8B6wBtMq0QON6RT5aAmagirP3md-qEXiycT2k7njCHJxkwNk11p4CU6AP_urdyZnrjRB5J_f5eHqs3SmbXl6pKJuTcEfz6Ucq5P5mnMYW0ONbjWuuyFj1wHbS58vb0d4oRkMhGgiiaPXg_PiSvqs3HrDePY_Es4b9/s601/imagem_exames_nacionais-IMAGEM-Raul-Macedo.jpg.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="471" data-original-width="601" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZTx1mcbG54_HrcTm_ltR2h_o7LUB8B6wBtMq0QON6RT5aAmagirP3md-qEXiycT2k7njCHJxkwNk11p4CU6AP_urdyZnrjRB5J_f5eHqs3SmbXl6pKJuTcEfz6Ucq5P5mnMYW0ONbjWuuyFj1wHbS58vb0d4oRkMhGgiiaPXg_PiSvqs3HrDePY_Es4b9/s320/imagem_exames_nacionais-IMAGEM-Raul-Macedo.jpg.webp" width="320" /></a></div><br /><span style="font-size: medium;">Nesta altura recebo imensos pedidos de ajuda para a preparação do exame de filosofia. Bem, a única resposta possível é, estudar. Mas muitos estudantes sentem-se algo perdidos sem saber como organizar o estudo para exame. Em primeiro lugar tenho de saber quais as matérias testadas. E em segundo que materiais vou usar. Neste blogue<a href="https://filosofiaes.blogspot.com/p/exames-nacionais-de-filosofia.html" target="_blank"> há uma pequena secção</a> que ajuda nessa organização. Acrescentei ainda as aulas no Youtube do Professor Manuel Cruz que gentilmente disponibiliza explicações on-line. Além disso as aulas que gravei para a RTP Madeira, por ocasião dos confinamentos da pandemia também ajudam em algumas matérias e estão disponíveis neste blogue na secção</span></span><span style="font-size: medium;"><span face="Calibri, sans-serif"> </span><a href="http://filosofiaes.blogspot.com/p/telensino-secretaria-regional-da.html" style="color: #954f72; font-family: Calibri, sans-serif;">Teleensino</a><span face="Calibri, sans-serif">.</span><span face="Calibri, sans-serif"> </span><span face="Calibri, sans-serif"> Estes materiais são muito úteis. Para além disso todos os estudantes devem procurar nas suas escolas que apoios são dados para exame. Muitas escolas oferecem aulas específicas de preparação para exame. Bom exame a todos. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span face="Calibri, sans-serif"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span face="Calibri, sans-serif"><br /></span></div><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm;"><o:p></o:p></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-1601091858472302892023-05-10T11:14:00.006+01:002023-05-10T13:57:39.018+01:00Fazer pontes com raciocínios <p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Numa das minhas aulas recentes tinha como objetivo explicar aos alunos a diferença que Mill falou entre prazeres superiores e inferiores. Entre os superiores temos prazeres como os intelectuais, estéticos, morais ou espirituais. Ao passo que entre os inferiores temos os prazeres físicos ou sensoriais mais básicos, como comer ou dormir. Certo que muitos dos prazeres mais básicos se relacionam bem com prazeres de ordem superior. </span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMLUtkUGPsLvDoQEzEyIkxe4KaE20AwO_nala220-L9udI93UQH4WQx0YWfI74K63kgmJwD876n7bklwpKS-nRX5i0BkOrpNsPL6rpgAa78qbEZdRxkN8d1JKQdPjTz7iDijRQvf-E7o8lFlOSbYTLAc-3a4BO-jZvn2rgqxQ75jf5m0izqw5FVCQ7AA/s2050/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-05-10,%20a%CC%80s%2011.07.51.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1164" data-original-width="2050" height="182" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMLUtkUGPsLvDoQEzEyIkxe4KaE20AwO_nala220-L9udI93UQH4WQx0YWfI74K63kgmJwD876n7bklwpKS-nRX5i0BkOrpNsPL6rpgAa78qbEZdRxkN8d1JKQdPjTz7iDijRQvf-E7o8lFlOSbYTLAc-3a4BO-jZvn2rgqxQ75jf5m0izqw5FVCQ7AA/s320/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-05-10,%20a%CC%80s%2011.07.51.png" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;">(Imagem do manual adotado)</div><span style="font-size: large;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face="Calibri, sans-serif" style="font-size: large;">Mas o objetivo aqui é o de mostrar a alunos de 15 anos que Mill não estava a inventar e que talvez tivesse feito uma divisão que merece a pena explorar quando relacionamos prazer com felicidade. Assim, comecei por exibir um pequeno vídeo da Sagrada Família de Gaudi, em Barcelona, a que se seguiu uma pequena conversa em que questionei se gostavam de ver a SF. Quando os alunos respondiam que sim, perguntei a razão. E as respostas andavam pelo esperado: porque é bonita. Estamos, pois, a falar de prazeres estéticos. </span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face="Calibri, sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/78cWSG2m3fw" width="320" youtube-src-id="78cWSG2m3fw"></iframe></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face="Calibri, sans-serif" style="font-size: large;">Depois coloquei uma experiência de pensamento aos alunos: imaginem duas hipóteses: ou vocês são de tal maneira bonitos e bonitas que todos os rapazes ou raparigas da escola rastejam aos vocês pés. Mas tem um senão: são muito limitados em termos intelectuais, “burrinhos”. Ou então, segunda hipótese, são normais, vão ter alegrias e sofrimentos amorosos, a vida amorosa nem sempre vos será fácil, mas são inteligentes. E a pergunta é: quem prefere a primeira hipótese. Ninguém levantou a mão. “Estão a ver!!!, a vossa vida intelectual é algo que estimam mais que os vossos prazeres sensoriais mais imediatos. Depois mostrei o vídeo que está abaixo, do filme de Charles Chaplin, “O Homem dos tempos modernos”. A maioria dos alunos do 10º ano ou não fazem ideia quem foi Chaplin ou, os que já ouviram falar, associam a um comediante. Não faziam ideia que se podia ser bastante crítico a fazer comédia. A pergunta, no final, foi a de tentar saber se Chaplin, no retrato daquele filme, seria um homem feliz, ao que os alunos responderam que não pois tem tarefas apenas repetitivas e que tal não o faz feliz. Bem, aproveitei para dar o contexto. “Vão lá à Wikipédia pesquisar de onde é Chaplin e quando viveu”. Pois, inícios do sec xx. Ainda a a Inglaterra, país de Chaplin, vivia nas suas cinzentas cidades com o clima da revolução industrial. Foi assim que fomos até ao aborrecimento da vida e à necessidade de criar espaços criativos que nos façam felizes. Pois então!! Isto é ser humano. E foi assim que lhes dei o exemplo da múisca da cinzenta Manchester dos anos 80 e lhes falei e mostrei Joy Division, uma espécie de grito no meio da cinzenta Manchester de outrora. E foi assim também que compreendemos como a Inglaterra de hoje já não é apenas a da cinzenta industrialização que durou até à era da globalização e da transferência da indústria para países emergentes. Uma aula em que construímos pontes com o raciocínio analítico. E crescemos culturalmente. Tudo para compreender apenas um conceito explorado por um filósofo, o da felicidade em Mill. Já agora, esta aula não teria sido possível sem um computador, uma conexão à banda larga e um quadro eletrónico que me permitiu, a mim e aos alunos, em boas condições, visualizar os vídeos. Terminamos a aula com um pequeno quiz para testar os conhecimentos adquiridos. É importante também salientar que à medida que exploramos os materiais compreendemos o que Mill nos queria dizer nesta passagem:</span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face="Calibri, sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></p><p style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0in; margin-top: 0pt; unicode-bidi: embed; word-break: normal;"><span style="font-family: Arial;">«</span><span style="font-family: Arial;">É melhor ser um ser humano insatisfeito do que um porco satisfeito; é melhor ser Sócrates insatisfeito do que um tolo satisfeito. E se o tolo ou o porco têm uma opinião diferente é porque só conhecem o seu próprio lado da questão. A outra parte da comparação conhece ambos os lados.</span><span style="font-family: Arial;">»</span><span style="font-family: Arial;"></span></p><p style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0in; margin-top: 0pt; text-align: right; unicode-bidi: embed; word-break: normal;"><span style="font-family: Calibri;">John Stuart </span><span style="font-family: Calibri;">Mill</span><span style="font-family: Calibri;">, </span><span style="font-family: Calibri; font-style: italic;">Utilitarismo</span><span style="font-family: Calibri;">, Porto Editora, 2005, p. 7</span><span style="font-family: Calibri;">8</span><span style="font-family: Calibri; font-size: 18pt;">.</span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/rMD_FDjgd-s" width="320" youtube-src-id="rMD_FDjgd-s"></iframe></div><br /><span style="font-size: large;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-13627707307865348892023-05-03T10:54:00.004+01:002023-05-03T13:49:03.847+01:00E como funcionam os imperativos em Kant?<p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Se para Kant a vontade de agir não decorre de <i>mobiles</i> externos, de onde vem, então? Só pode decorrer de algo interno, no caso, da própria razão que, uma vez autónoma, dá uma ordem a si mesma para agir. Ora, Kant chama a isto <b>imperativo categórico</b>, que é o imperativo da ação por dever, a ação moral propriamente dita. E contrasta com o <b>imperativo hipotético</b>, que é quando a vontade é mobilizada por algo externo. Por exemplo, se Pedro ajuda o pobre apenas para ficar bem visto, o que motiva a sua ação não é a razão, mas o ser bem visto. Quer dizer, ainda que a decisão seja sempre racional, não depende exclusivamente da razão. E para Kant uma ação moral depende exclusivamente da razão. Isto é assim pois a ação é <b>um fim em si mesma</b> e não um meio. No meu exemplo, se desaparecer a aprovação social da ação, a ação desaparece e por isso Pedro faz apenas aquilo que é conforme o dever, mas não por dever. Se Pedro agir por dever não interessa nada se recebe ou não aprovação de terceiros. Outra maneira de compreender a ação moral para Kant é perguntar o que é que está a motivar a ação. Se o que está a motivá-la é algo externo à própria ação, então a ação não é por <b>puro respeito ao dever</b>, mas por respeito a algo mais além do dever. E por isso se chama <b>conforme ao dever</b> e não <b>por dever</b>. Fica aqui uma imagem que contrasta os dois imperativos que são como que <u>dois comandos</u> da ação. </span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYRxjP_qEsB2TX87G7efhagnP1HpmIzx4OVp5cPjUhxomp3tyf3hRfClpXH_hGb-8IOOYy-Yxm4Cu1j3ftpP7IU9OxxxZSod1-NzSzQQBytFnbXEEig22UpBkTdnIjk9lLit6TgzXIJAjuS9sRH26g2__uf-ZBhCLuF3MgxKHtM_uU3gSOaxyC4OwSWg/s1387/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-05-03,%20a%CC%80s%2010.46.00.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="874" data-original-width="1387" height="405" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYRxjP_qEsB2TX87G7efhagnP1HpmIzx4OVp5cPjUhxomp3tyf3hRfClpXH_hGb-8IOOYy-Yxm4Cu1j3ftpP7IU9OxxxZSod1-NzSzQQBytFnbXEEig22UpBkTdnIjk9lLit6TgzXIJAjuS9sRH26g2__uf-ZBhCLuF3MgxKHtM_uU3gSOaxyC4OwSWg/w640-h405/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-05-03,%20a%CC%80s%2010.46.00.png" width="640" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><br /></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-54438351708984863832023-03-29T11:16:00.001+01:002023-03-29T11:16:04.511+01:00O blogue chega ao twitter<p><span style="font-size: large;">Criei um twitter especialmente dedicado aos alunos do secundário com questões fáceis, mas de respostas complexas que visam estimular a criatividade e a análise crítica e filosófica. Apesar de ser pensado para os alunos e para os alunos em concreto do autor deste blogue, todos estão convidados a seguir e participar. </span></p><p><span style="font-size: large;">Para seguir basta procurar por<i> <a href="https://twitter.com/home" target="_blank">@filosofiaes100</a>, </i>clicar ou clicar na imagem.</span></p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://twitter.com/home" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1398" data-original-width="1792" height="313" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEyW-mu4Bmpu2fotXBM1F61ADgbmkT4epoACQ-reAj-yNpgMkyCOpzBEjOYM0okyw4O3hCw0reSpnjsuW0BQnGdWYUlZg39dLfTOlR7J794WyYyA0eUrzIZnUsGEPfoW_lLznX-0ISTDQuBIlYHOq5WbawGH-3hePMAL-kavTK2qJQXyFd2Q8Bm8FvQg/w400-h313/Captura%20de%20ecra%CC%83%202023-03-29,%20a%CC%80s%2011.08.37.png" width="400" /></a></div><br /><p><br /></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-39470504961275106422023-03-14T09:45:00.003+00:002023-03-14T09:46:40.159+00:00Jornadas de Matemática da Escola Secundária Jaime Moniz<span face="Calibri, sans-serif" style="font-size: medium; text-align: justify;">Em 2016 fui pela primeira vez convidado para participar nas jornadas de matemática da ESJM. Na altura a ideia foi a de apresentar como se aplica a lógica a argumentos e se traduz argumentos na linguagem natural para a linguagem lógica. As jornadas realizam-se de dois em dois anos e em 2018 o convite foi renovado e fui abordar a questão de como com algoritmos construímos realidades. Interrompidas pela pandemia as jornadas regressaram este ano. Desta vez fui falar de como um mau aluno a matemática olha mais tarde para a matemática fazendo o meu próprio percurso de vida. Pelo meio falei ainda de ChatGPT e automação, ontologia da matemática e realismo ontológico e ainda tive tempo de falar um pouco de lógica para além de ter deixado uma mão cheia de sugestões para motivação dos alunos para a matemática. Agradeço a todos os meus colegas de matemática da minha escola, bem como a nossa Presidente e em especial o professor e amigo João Viveiros, professor de matemática na escola. Esta sessão foi muito bem apresentada pelas alunas Eleonora e Francisca. Um obrigado também à sua dedicação.</span><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p><div><span face="Calibri, sans-serif" style="text-align: justify;"><br /></span></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8DYvHJXWOWktHShmzmqDGus1nAVOM1R9gbyN1BtXejGXicyXxzWaZw1sScQluz55unumzlvKJvbXhXsW2dHWIicP1dBptQvXyo92BXzlvbiO_SB0tLHog_YT8mhsIGH1sVuWIFNHuZ8bayJ24K05hnp9tR1HP5Mp2JbRTdbm8XMhjfXZVxfLP5xlN_w/s1736/7bbe17d7-937f-4bb8-bede-ee0d5bfa1d7c.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1736" data-original-width="1736" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8DYvHJXWOWktHShmzmqDGus1nAVOM1R9gbyN1BtXejGXicyXxzWaZw1sScQluz55unumzlvKJvbXhXsW2dHWIicP1dBptQvXyo92BXzlvbiO_SB0tLHog_YT8mhsIGH1sVuWIFNHuZ8bayJ24K05hnp9tR1HP5Mp2JbRTdbm8XMhjfXZVxfLP5xlN_w/s320/7bbe17d7-937f-4bb8-bede-ee0d5bfa1d7c.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifjy3QN7BnKxijAQii69EdTwFihxyFieo8o2letKhFRqVQp4mNvj6u12G2By3cSdEGpMe3suDpDMYspO2KQaJV2SxvYtndMzczuzCyNMJQeWj8FqErJ1TmhQDQ12w9R2hZW9fB1Bhlo9WyURwontoRXtv72LdVA-B1EDxu898GMD9TQQjYOlclqLpl1g/s1736/c45f1a94-8d53-4dc2-b208-0e419af680ee.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1736" data-original-width="1736" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifjy3QN7BnKxijAQii69EdTwFihxyFieo8o2letKhFRqVQp4mNvj6u12G2By3cSdEGpMe3suDpDMYspO2KQaJV2SxvYtndMzczuzCyNMJQeWj8FqErJ1TmhQDQ12w9R2hZW9fB1Bhlo9WyURwontoRXtv72LdVA-B1EDxu898GMD9TQQjYOlclqLpl1g/s320/c45f1a94-8d53-4dc2-b208-0e419af680ee.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG3uS6DeCbi3L0ZMlnrrTftp07xNbS5tipB0ctPUzwfDPDfk4gqhLhguxsmy5SjWPz0bjfbh8T9eVhxUITBsMco7iIYqaMaQ2RX-gfqXjctvY8TDEbieCXu2ngjxFom_3x7tlktVThQPfeP_8iotc_6STjGO43vc4Xm1k-9bB49-kETxiPTwL2efmARA/s4032/IMG_5903.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3024" data-original-width="4032" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG3uS6DeCbi3L0ZMlnrrTftp07xNbS5tipB0ctPUzwfDPDfk4gqhLhguxsmy5SjWPz0bjfbh8T9eVhxUITBsMco7iIYqaMaQ2RX-gfqXjctvY8TDEbieCXu2ngjxFom_3x7tlktVThQPfeP_8iotc_6STjGO43vc4Xm1k-9bB49-kETxiPTwL2efmARA/s320/IMG_5903.jpeg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjajp2YWv0bXzNVq0yHwBctdd1GilG3bo8Yw4O-c1Nji881GffgUObkYFDfuDnRec45rWUtUV31Z3qJ4f57zlts6vOac1fvSi-CTjaYQOtAUDPBzgTN9maIZeFK1NievpUJg5-YJyLt7vZG8OEmS26sNOJLchlgs-GJatmnIMgFDzgo9OSjjKxRW16vlg/s1018/IMG_5910%202.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="470" data-original-width="1018" height="148" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjajp2YWv0bXzNVq0yHwBctdd1GilG3bo8Yw4O-c1Nji881GffgUObkYFDfuDnRec45rWUtUV31Z3qJ4f57zlts6vOac1fvSi-CTjaYQOtAUDPBzgTN9maIZeFK1NievpUJg5-YJyLt7vZG8OEmS26sNOJLchlgs-GJatmnIMgFDzgo9OSjjKxRW16vlg/s320/IMG_5910%202.jpeg" width="320" /></a></div><br /><span face="Calibri, sans-serif" style="text-align: justify;"><br /></span></div>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-15692104962835159842022-12-22T12:32:00.001+00:002022-12-22T12:32:40.545+00:00Escola inclusiva<p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnGKBerKVq5uOoT5_x1shZOdPQ1BHrwry3ysMSed5QetGglOV3rE7rhK1qmS0LtDAlnMlr2IRoKVWTWcxznamOgP_Nk3Yi1bm712Wyny3tXvxdjH9I52TybVFUw2AG4RMrO72agMWjWxHLzUtIVk0ZFJgtJbdRU0NYS65exJBcDqELSaay5BiwKRZKXQ/s2048/IMG_4727.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1153" data-original-width="2048" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnGKBerKVq5uOoT5_x1shZOdPQ1BHrwry3ysMSed5QetGglOV3rE7rhK1qmS0LtDAlnMlr2IRoKVWTWcxznamOgP_Nk3Yi1bm712Wyny3tXvxdjH9I52TybVFUw2AG4RMrO72agMWjWxHLzUtIVk0ZFJgtJbdRU0NYS65exJBcDqELSaay5BiwKRZKXQ/s320/IMG_4727.JPG" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">Escola inclusiva. Situação hipotética 1: Aluno(a) de média excelente, um 18 por exemplo, no conjunto de todas as disciplinas. “<i>É exemplar!!”. </i>Não, não é! Na escola inclusiva ninguém é exemplo para outrem. Situação hipotética 2: Aluno irrequieto e com personalidade agitada e algo distraída. “<i>É muito distraído e deve estar mais concentrado</i>”. Depende. Se um traço de personalidade for hereditário até que ponto num ensino até ao secundário devemos limitar um aluno por características pelas quais ele não pode ser moralmente responsável? Os documentos que regulam o ensino básico e secundário apontam para competências (vide AE, Aprendizagens Essenciais). Elas vão desde competências sociais até intelectuais e físicas. E o seu peso varia consoante a disciplina. Mas o professor não tem de avaliar que competências o aluno já carrega, mas antes se consegue atingir ou não determinadas competências. Acontece que um aluno pode ser bem sucedido nas competências cognitivas porque é um “marrão”, mas essas podem não ter peso superior a 40% ou 50% da sua avaliação final. A avaliação é altamente complexa, mas no secundário ainda se anda muito desligado das competências. Basicamente são 3 anos penosos a arrancar médias para entrar nos cursos universitários. E isso parece gerar um enorme desinteresse pelo estudo com prazer, pela aprendizagem diferenciada e, pior que tudo, pela inclusão. Só se ouve por todo o lado falar de testes porque o modelo ainda tem os maiores estímulos concentrados nos testes: notas de testes para entrar na universidade. O pior de tudo é que um modelo demasiado concentrado em testes, além de ser bastante redutor, termina sempre numa enorme injustiça, a começar pelo exemplo de que o aluno X pode conseguir média 19 com o professor Y mas não passaria de um 15 com o professor Z, ainda que o aluno que aprendeu com o professor Z até possa ter desenvolvido melhor as suas competências cognitivas, por exemplo. Depois porque uma avaliação que vai de 0 a 20 e que menos de 9 é negativa implica necessariamente exclusão. Todos os alunos com classificações negativas são em certo sentido excluídos. O Ensino secundário ainda está ao serviço do mercado de entrada na universidade. E isso acarreta custos elevados para a inclusão. Creio que é necessária uma revolução para a chamada <i>grey area</i> no ensino secundário, na qual os testes não perdem o seu papel, mas deixam de ser a baliza entre os bons e os maus alunos. É que, em rigor, um ensino só é inclusivo se considerar uma premissa como verdadeira: <i>Não há alunos fracos.</i><o:p></o:p></span></p></div><br /><o:p></o:p><p></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-67352173464649880862022-11-14T15:19:00.001+00:002022-11-14T15:19:05.400+00:00Dia da filosofia. Mas a filosofia é útil?<p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9tFF8CqIeSs9dUJQ0Py_VEjTDRzPldmp6eecp1nAntSSvDO3XZ7mlQXNmqD1uLVCxu1EDhfTzKkTEPIheMRblM3lrVEYJUD1rIhi0gI6SY-pT8w2wFltAxQtZaOI9XTAwB5nOmYc9jj1MPDoEb7BC1PJdq2idLR3mo6YD_MWr6H6GaucA8XZ3baIsvQ/s2494/Captura%20de%20ecra%CC%83%202022-11-14,%20a%CC%80s%2015.15.47.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="757" data-original-width="2494" height="121" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9tFF8CqIeSs9dUJQ0Py_VEjTDRzPldmp6eecp1nAntSSvDO3XZ7mlQXNmqD1uLVCxu1EDhfTzKkTEPIheMRblM3lrVEYJUD1rIhi0gI6SY-pT8w2wFltAxQtZaOI9XTAwB5nOmYc9jj1MPDoEb7BC1PJdq2idLR3mo6YD_MWr6H6GaucA8XZ3baIsvQ/w400-h121/Captura%20de%20ecra%CC%83%202022-11-14,%20a%CC%80s%2015.15.47.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr></tbody></table><br /><span style="font-size: 14pt;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">I<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">Talvez a melhor prova de que a filosofia não é tão necessária assim seja o facto de até precisar de um dia que assinale a sua necessidade. Será uma necessidade imposta? Talvez. Olho sempre com alguma relutância para aniversários como o Dia da Filosofia. E não costumo apreciar por aí além as dezenas ou centenas de textos que se publicam a exaltar a importância daquilo que a esmagadora maioria das pessoas se está nas tintas. Assim como a esmagadora maioria das pessoas se está nas tintas para milhares de outras coisas que as pessoas consideram muito úteis e necessárias. Haverá talvez um cunho mais pessoal na filosofia do que na matemática ou química para que se perceba a exortação da necessidade inevitável da filosofia. Mas basta ler o livro <i>Como se transforma ar em pão?</i> De Nuno Maulide, o químico português de renome internacional para perceber que as pessoas estão pelo menos tão rodeadas da química como da filosofia e nem por isso se interessam assim tanto por química, nem consta que os químicos se preocupem assim tanto com isso (na verdade Maulide até se preocupa daí ter escrito o livro). São hipóteses. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">Então vamos brincar com a suposta necessidade popular da filosofia para ver se funciona como pensamos que deve funcionar. Um dia estava eu a preparar o meu portátil para uma pequena aula/palestra, creio que precisamente no dia da filosofia e aparece uma menina dos seus 15 anos, aluna, que chegou mais cedo à sala. Pediu para entrar e enquanto eu me via ali atrapalhado com fios e ligações atira-me esta questão: “<i>professor desculpe, mas quero fazer esta pergunta antes que chegue a minha professora: para que é que serve a filosofia que eu ainda não percebi muito bem?</i>”. A minha resposta foi simples: “<i>serve para eu ganhar um ordenado ao fim do mês</i>”. A miúda ficou com um ar estarrecido. Mas eu ofereci uma justificação, enquanto me via ainda a braços com as ligações e os fios: “<i>repara, eu tirei um curso de filosofia. Aprendi alguma filosofia. E com isso faço o meu ganha-pão, compreendes?</i>”. Perante o ar incrédulo da miúda, lá fui desenvolvendo a questão: “<i>Ora bem, a pergunta que fizeste pressupõe antes saber o que é a utilidade e se tudo terá de ter exatamente a mesma utilidade. Por exemplo, se um garfo serve para comer, será que a utilidade da filosofia é mais ou menos a mesma que poderá ter um garfo?”</i><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">Na verdade, a utilidade pressupõe ela mesmo uma pergunta para a qual precisamos de argumentos. O que é que faz com que o objeto x se torne útil? E eu não menti à aluna, a filosofia serve mesmo para que me paguem um ordenado ao fim do mês. É certamente uma utilidade. Que me serve a mim, apenas. Mas é uma utilidade. Num sentido mais global, em regra os patuscos elogios que vejo por aí à filosofia acabam sempre num lugar-comum: ética aplicada e sentido da vida. E em regra também me parecem forçar a utilidade da filosofia. Pois senão quando os leio penso sempre se sem filosofia as conclusões não seriam exatamente as propostas nesses textos? E em regra acabo sempre a assentir que sim, que mesmo alguém que não tivesse qualquer contacto com a filosofia, chegaria às mesmas conclusões. E por uma questão de ordem quero para já evitar a ideia de que todos somos filósofos. Seremos todos filósofos no mesmo sentido em que seremos matemáticos por fazer contas quando vamos às compras num supermercado. Isto é, não é verdade que todos sejamos filósofos no mesmo sentido que não é verdade que todos sejamos matemáticos. Mas é verdade que a filosofia tem muitos pontos de contacto com vários aspetos da realidade. Nunca contei, mas se calhar tem tantos ou menos que a matemática, a física ou a química. Uma outra possibilidade é a de considerar que pelo menos alguns problemas filosóficos são de interesse comum. Por exemplo apenas especialistas se preocupam com o problema dos universais, mas todas as pessoas se preocupam com a existência de Deus. Mas ainda assim considero que o mesmo se passa com quase todos os outros saberes que tem alguma base de ligação à experiência mais intuitiva. Portanto nem aí vejo algum estatuto especial para a filosofia. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">II<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">Bem, poderia concluir então que a filosofia não merece um dia para se comemorar o seu exercício, história e estatuto ou pelo menos não o merece mais que qualquer outro saber. Sim, é mesmo isso que concluo. Mas não defendo que tal dia não deva existir. Talvez isso fosse o equivalente a considerar que também não deveriam existir prémios com a medalha <i>Fields</i> para a matemática, mesmo com as justas diferenças entre o prémio e o <i>world philosophy day</i>. O que defendo é outra coisa: é que independentemente de existir ou não um dia da filosofia, ela continuará viva enquanto alguém achar que ela é necessária e útil ou então enquanto ela mesma for objetivamente útil e haja alguém que se dê conta disso. Mas ela não é apenas útil para questionar o sentido da existência, até porque nem só apenas a filosofia o questiona. Ela é útil sobretudo pelo modo como o faz incomparável com outro saber ou disciplina, no modo como disciplina os argumentos e os esclarece, no modo como aplica a lógica no esventrar dos argumentos para desbravar novas questões e também no modo como cada vez mais se intersecta com todos os outros saberes não só na mais popular ética ou versão patusca do sentido da existência, mas nos problemas que se colocam em torno da inteligência artificial, as mais recentes descobertas nas neurociências e a relação com a epistemologia moderna, o problema metafísico dos universais e particulares, o lugar do livre-arbítrio, como se conserva a identidade pessoal e as relações com problemas mais práticos como os do aborto ou eutanásia, a criação de sociedades mais justas com problemas como os da redistribuição ou pobreza, e para a definição de conceitos tão fundamentais do modo como configuramos a nossa visão do mundo como o de utilidade. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">III<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">Por enquanto para mim a filosofia serve para duas coisas: ganhar um ordenado e não ficar completamente cego quanto às questões que se possam levantar acerca daquilo que o mundo é. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">Bom dia da filosofia a todos. (este ano comemora-se a 17 de Novembro)<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><a href="https://www.unesco.org/en/days/philosophy" target="_blank">Página Oficial do WPD</a></span></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-33355830488454602062022-06-28T13:56:00.002+01:002022-06-28T13:56:26.426+01:00Exame Nacional 2022<p><span style="font-size: large;"> Publiquei na secção Exames Nacionais o deste ano.</span></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-23912752174745909452022-06-27T12:46:00.004+01:002022-06-27T12:46:20.193+01:00Atualização de páginas<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Olá a todos. Este blogue está organizado por abas, que são páginas para uma navegação mais acessível. Na página "Exames Nacionais" tens todas as orientações básicas para o exame nacional de filosofia. Na página "Aprendizagens Essenciais" tens os documentos orientadores com os conteúdos que são testados em exame. Esta secções são habitualmente atualizadas.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Bom estudo</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">E bom exame </span></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-39951762607925363792022-05-19T19:24:00.003+01:002022-05-19T19:24:29.447+01:00A ética consequencialista, por Marcelo Fischborn<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/_AKTT2p9uyw" width="320" youtube-src-id="_AKTT2p9uyw"></iframe></div><br /> <p></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-845475113765495662022-03-11T17:48:00.004+00:002022-03-11T17:48:42.948+00:00Ação de Formação - Lógica e pensamento crítico no ensino <p> Muito em breve aplicarei na Escola Secundária Jaime Moniz a ação de formação para professores sobre Lógica e pensamento crítico no ensino. Inscrições e informações <a href="https://digital.madeira.gov.pt/interagir/Formação/tabid/212/mid/805/m494f/c355l0-0ic522li3864-653/Default.aspx?ctl=Crud.Acoes&ContainerSrc=%5bS%5dContainers%2fGRM_Interagir_CntLaranja%2fCnt_Inf_D1_Edicao">AQUI</a></p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg1rmmYdCO0QW25gHRwfcnzhdzQD56NpBVVve0fD-T10-7hnQTzEiwnRviiS9zWT-gqPyNfvfpEXuzTEtMY-tfTbnp0RrAXuCSyNbyKSCODHCPf0e6quxnQ4HDcCZZTC-sLta9YPbESmVXun2trXs1yEdGZyaPYfoPykU_EKsSyPS8v7f333qhuALKfeQ=s2548" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1598" data-original-width="2548" height="402" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg1rmmYdCO0QW25gHRwfcnzhdzQD56NpBVVve0fD-T10-7hnQTzEiwnRviiS9zWT-gqPyNfvfpEXuzTEtMY-tfTbnp0RrAXuCSyNbyKSCODHCPf0e6quxnQ4HDcCZZTC-sLta9YPbESmVXun2trXs1yEdGZyaPYfoPykU_EKsSyPS8v7f333qhuALKfeQ=w640-h402" width="640" /></a></div><br /><p><br /></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-69004401350555451052021-12-07T11:59:00.003+00:002021-12-07T11:59:53.067+00:00Os livros do ano<p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-WeF1cbiDJ-I/Ya9Mnbp1JNI/AAAAAAAC3_E/vyqk3Spj-0gUwT2__VGREjbqyYS0vi2_wCNcBGAsYHQ/s2048/IMG_7994.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-WeF1cbiDJ-I/Ya9Mnbp1JNI/AAAAAAAC3_E/vyqk3Spj-0gUwT2__VGREjbqyYS0vi2_wCNcBGAsYHQ/w480-h640/IMG_7994.jpeg" width="480" /></a></span></div><span style="font-size: medium;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />Porque o tempo de um professor não é muito e prefiro elaborar a tradicional lista de discos do ano, a ser publicada aqui, fica aqui uma foto de alguns dos livros do ano. Uns são mais especiais que outros, como o <i>Humanidade</i> do Bregman que foi provavelmente o livro que mais me influenciou e transformou algo da minha visão dos outros e do mundo. Faltam ler uns dois, como o do Brennan que me chegou às mãos ao mesmo tempo que outros livros como o do Pinker que estou a terminar. E ainda faltam os livros que compro em formato digital. De todos destacaria o do A C Grayling que estou também a ler neste momento. Mas fica aqui a foto para lembrar alguns dos livros que fui lendo ao longo deste ano, mas sobretudo para lembrar que ler e pensar são atividades que nos faz bem e que não devemos abandonar. Boas festas a todos.</span><o:p></o:p><p></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-88341347748479875182021-12-01T18:45:00.004+00:002021-12-01T18:45:49.223+00:00João Carlos Silva, Vida examinada <p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Vale a pena assinalar a publicação de mais um livro de João Carlos Silva. Por várias razões que até se ligam, algumas, a este blog. Uma delas e a principal é que o João é professor de filosofia no ensino secundário. Ser professor no secundário e conseguir publicar mais de 500 páginas de filosofia é, caso raro. Tal só se explica de uma maneira: um grande amor à filosofia. Aliás, esse é um dos títulos de um dos seus 4 volumes de ensaios. Não é, de facto, coisa pouca. Senão vejamos:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-size: large;"> </span></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">2010, <i>A natureza das coisas do ponto de vista do universo</i>, 367 pp<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">2010, <i>Também aqui moram os deuses</i>, 269 pp<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">2015, <i>Por um amor à sabedoria, investigações filosóficas sobre o todo e todas as coisas</i>, 498 pp<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">2021, <i>Vida Examinada, a responsabilidade moral do professor de filosofia e outros ensaios</i>, 546 pp<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-size: large;"> </span></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-tbosuwdnZxQ/YafCWr6mxMI/AAAAAAAC30E/pN-2hAjWQaQ8RY8By3DMD9mY7hkp-xpRACLcBGAsYHQ/s1239/241952270_5081769421839198_3845676906928875643_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="844" data-original-width="1239" height="272" src="https://1.bp.blogspot.com/-tbosuwdnZxQ/YafCWr6mxMI/AAAAAAAC30E/pN-2hAjWQaQ8RY8By3DMD9mY7hkp-xpRACLcBGAsYHQ/w400-h272/241952270_5081769421839198_3845676906928875643_n.png" width="400" /></a></span></div><span style="font-size: large;"><br />Tudo bem somado dá a módica quantia de 1680 páginas impressas. Se a isto somarmos alguns textos de ocasião e artigos que vai publicando online e que não tiveram espaço nestes livros, rapidamente percebemos da capacidade do João para se dedicar à escrita. Não esquecendo que pelo meio o João publicou também alguns livros que não são de filosofia, pelo menos um. <o:p></o:p></span><p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">O volume deste ano, publicado pela <i><a href="https://www.lisboninternationalpress.com">Lisbon International Press</a></i>, reúne mais de 50 ensaios que percorrem várias áreas filosóficas que, penso poder afirmá-lo, correspondem aos interesses do autor. Assim, desde a eutanásia, existência de deus, epistemologia e ciência, política, etc.… intersectando áreas como cinema, história, questões pessoais, etc. muitos são os temas ali presentes e que podem ser lidos não na ordem apresentada no índice. </span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Bem, na verdade o João comete ocasionalmente esta maldade, a de nos roubar o tempo para ler a sua prosa que tem tanto de instruída como muitas vezes bem-humorada e surpreendente. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Quero aqui expressar de modo pessoal os meus parabéns ao João pelo trabalho que tem feito e o meu respeito pelo mesmo.</span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-BuRrHIZeZ20/YafCsK_rXPI/AAAAAAAC30Q/pzmXXmmtbRU9wK10iNXZ-Y4uhnfwoetIACLcBGAsYHQ/s200/s200_jo_o_carlos.silva.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="200" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-BuRrHIZeZ20/YafCsK_rXPI/AAAAAAAC30Q/pzmXXmmtbRU9wK10iNXZ-Y4uhnfwoetIACLcBGAsYHQ/s0/s200_jo_o_carlos.silva.jpeg" width="200" /></a></span></div><span style="font-size: large;"><br /> </span><o:p></o:p><p></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-16209300574059396042021-11-02T10:31:00.003+00:002021-11-02T10:31:37.780+00:00A escola inclusiva inclui ou exclui?<p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">A escolaridade foi alargada até aos 18 anos (por lei) e para tentar que os alunos consigam estudar até ao 12º ano. Uma maneira de fazer com que isto aconteça é reduzir os conteúdos ou minimizá-los por vezes ao absolutamente superficial e banal. Outra é a escola inclusiva que consiste basicamente em arranjar maneiras de fazer com que o aluno transite de ano. Ora tudo isto não se ajusta muito bem a um modelo de aprendizagem em que o aluno tem de estudar para fazer bons testes nos quais escreve bem e mostra que realmente conhece os conteúdos e até, os que vão mais longe, já conseguem pensar sobre as matérias que aprendem. E honestamente não estou a ver como se pensa nas matérias sem mergulhar nelas, não estou a ver como se pensa o problema do conhecimento sem pelo menos mergulhar um pouco nas teorias de Hume ou Descartes, por exemplo. Discordo dos argumentos de muitos colegas que acham que tal é possível. Esses colegas tiveram a oportunidade de mergulhar nessas teorias e honestamente não compreendo como acham que os seus alunos são capazes de realizar aprendizagens sem fazer esse mesmo mergulho. Pressupor que existe uma escola agora que é inclusiva é ao mesmo tempo presumir que até aqui ela foi exclusiva. E eu não sei o que é mais exclusivo, se uma escola que chumba os alunos quando eles não são capazes de dominar conteúdos ou se passa por cima dos conteúdos para fazer alunos passar de ano. Dizem-me também os mais entusiastas que a escola inclusiva consiste em avaliar de maneira diferente, de acordo com as necessidades de cada aluno, uma espécie de fato por medida. A questão que aqui se coloca é se o aluno que aprende Descartes fazendo um exercício diferente de um teste escrito, depois pode falhar redondamente no teste alegando que não se ajusta ao seu modelo de aprendizagem? <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Também não me parece que o modelo de avaliação demasiado centrado no teste sumativo seja o mais adequado e até concebo um sistema de ensino sem qualquer teste. A questão aqui é a de como formar se transforma em avaliar? O que é que vamos fazer? Afinal de contas o aluno que consegue um 15 a filosofia de média final de secundário tem ou não a obrigação de ter êxito no exame? Obviamente não possuo aqui quantificações para poder responder com dados a estas questões. Nem sei se tais dados existem. Mas posso pelo menos manter a suspeita como forma de alerta de que os alunos que apesar de não estarem num modelo de testes vão a exame final e conseguem boas classificações, se estudassem numa escola com o modelo dos testes seriam na mesma bons alunos. Significa isto que se a minha hipótese for aproximada à verdade, então e uma vez mais a escola inclusiva falha o alvo e não passa de propaganda política. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">A minha profissão é um quebra-cabeças e educar é um verdadeiro quebra-cabeças. Mas a experiência vai-me dizendo que cada vez mais, mais alunos <b>apenas</b> frequentam a escola. De facto, chumbar a falta de esforço e empenho ou o simples “não conseguir” pode não ser a melhor solução. Mas ainda tenho dificuldade em compreender como a melhor resposta tenha de ser a de “passar com falta de esforço e empenho ou o simples não conseguir”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Os otimistas da escola inclusiva parecem estar a levar a melhor. Só não percebo ainda como é que convivem pacificamente com uma avaliação que vai de 0 a 20 e de 0 a 9 o aluno não transita de ano. Não faria sentido que o seu otimismo ao mesmo tempo constituísse o fim da escala até 9? </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-F0RYMic8638/YYETUr7fNjI/AAAAAAAC1BA/jFUu31GgZM4gkVzB0tKkQ8p8xkpqWPOMACLcBGAsYHQ/s2048/IMG_1654_Original.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-F0RYMic8638/YYETUr7fNjI/AAAAAAAC1BA/jFUu31GgZM4gkVzB0tKkQ8p8xkpqWPOMACLcBGAsYHQ/w300-h400/IMG_1654_Original.jpeg" width="300" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">(Foto minha)</div><br /><o:p></o:p><p></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-86175829046582508962021-09-26T10:18:00.007+01:002021-09-26T10:18:55.230+01:00Entrada na Universidade no curso de Filosofia<p><span style="font-size: medium;"> Este é o panorama de entrada no curso de filosofia no ano de 2021. Felicidades a todos os que escolheram esta aventura do filosofar como gente grande. </span></p><p><span style="font-size: medium;">Fonte: Jornal Público de 26/09/2021</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-C_2cmvdRTVg/YVA6zbThNbI/AAAAAAACz9k/5XiGaGBf3UMbpg1vxo67xdkzYIc7xEDTgCLcBGAsYHQ/s2048/IMG_0612.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1616" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-C_2cmvdRTVg/YVA6zbThNbI/AAAAAAACz9k/5XiGaGBf3UMbpg1vxo67xdkzYIc7xEDTgCLcBGAsYHQ/w506-h640/IMG_0612.jpeg" width="506" /></a></div><br /><span style="font-size: medium;"><br /></span><p></p>Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.com0