tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post9098380480697654289..comments2024-01-22T21:36:46.554+00:00Comments on Filosofia no Ensino Secundário: Como é que ensino filosofia? Parte 5Rolando Almeidahttp://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-89082989685148088462009-08-31T13:09:44.991+01:002009-08-31T13:09:44.991+01:00Olá Luís,
Que bom teres respondido. Tenho consciên...Olá Luís,<br />Que bom teres respondido. Tenho consciência que estes apontamentos deixam muita coisa de fora. Um dos pontos que ainda não abordei é a dispersão de disciplinas que nos cabe ensinar. Mas nesse ponto acho que há que aproveitar. Se os professores de filosofia refilarem, isso significa que as disciplinas são atribuídas a outros grupos, nomeadamente os de geografia e história.<br />A questão da instabilidade não a esqueci num momento ou outro dos meus apontamentos já que eu próprio a vivi durante uns 8 anos. Saltei de escola para escola sem saber o que esperar. Como referi a determinado momento num dos posts, entrei numa escola e passada meia hora estava já a leccionar dentro da sala de aula. É certo que já não vivo os dias da instabilidade profissional, mas não tenho qualquer poder sobre o que vou leccionar em cada ano. Estou dependente dos colegas que estão à minha frente e que, em regra, organizam as suas preferências em função dos horários dos filhos, das mães e dos avós. Não tenho essa atitude. Já cedi turmas minhas porque havia alguém mais interessado nelas e nos horários das mesmas. O trabalho de continuidade numa escola é muito importante já que só dessa maneira um professor se consegue organizar pessoal e profissionalmente. Mas o nosso ministério da educação sempre se esteve nas tintas para isso e esta história dos concursos de 3 e 4 em 4 anos só veio baralhar ainda mais, já que a maioria dos professores continua, efectivamente, afastado da sua área de residência. Na minha altura (agora é mais difícil) tive de optar entre a instabilidade no continente e a estabilidade na ilha da Madeira, onde resido há quase uma década. Estabeleci-me por cá pois aqui pelo menos ganhei em estabilidade. E a verdade é que com a estabilidade comecei a preocupar-me mais com a escola e com o ensino. Isto deve-se à disponibilidade e ao compromisso que acabamos por estabelecer quando sabemos que é na escola X que podemos desenvolver os nossos projectos e colocar as nossas ideias em prática. As minhas lutas agora são essas, a de progressivamente convencer os colegas que devemos e temos muito trabalho a realizar dentro do grupo e da disciplina. Muitas vezes esse trabalho leva anos. È como trabalhar com os alunos <br />Em relação às referências bibliográficas. Já escrevi sobre isso no blog em tempos. Todos os anos, em diversas ocasiões, levo livros de filosofia adequados aos alunos e falo-lhes dos livros. Sem ser vendedor de livros, todos os anos, em 4 turmas que tenha de filosofia, consigo “vender” 4 a 5 livros. Imagina lá Luís que todos os professores fizessem o que fazemos? Isso significaria mais vendas, mais traduções, mais interesse, mais divulgação. Sou muito sensível a esta coisa de divulgar a filosofia. Aqui na Madeira, até à RTP Madeira já fui falar de filosofia, imagina. Aqui há uns anos, quando tinha a mania de intelectual, abominava estas coisas. Mas comecei a ver o mundo a avançar e eu a ficar para trás <br />Obrigado pelo teu comentário e palavras e votos de um bom trabalho<br />Aparece sempre<br />abraçoRolando Almeidahttps://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8494567028181840805.post-41788097419888308742009-08-31T12:38:45.756+01:002009-08-31T12:38:45.756+01:00Rolando,
Parabéns pela iniciativa de publicar este...Rolando,<br />Parabéns pela iniciativa de publicar estes textos reflexivos (de índole fortemente prática, imagine-se!) sobre a prática docente, em particular no grupo 410.<br />Revejo-me na atitude, nas dificuldades e nos diagnósticos. Mas sinto algumas dificuldades de modo mais intenso, dado que será o sétimo ano lectivo em que não sei nem quando, nem onde, nem a quem, nem o que vou leccionar. Se juntarmos às disciplinas que já mencionaste, as "novas" disciplinas disfarçadas de novas oportunidades... adiante, tristezas não pagam...<br />Gostava de sublinhar o modo como - através da minha experiência - os alunos reconhecem a importância de aulas simples, claras e exigentes. Mesmo as turmas mais difíceis acabam por reconhecer a importância das regras e das aulas que se "despem" dos novos meios para se concentrar no essencial da aprendizagem. Sem rodeios, frases bonitas (mesmo se incompreensíveis!) ou cedências "amiguistas". Pena é que em todos esses casos não tenha podido prosseguir o trabalho com esses alunos no ano seguinte, aprofundando, corrigindo, melhorando o nosso (alunos e professor) trabalho.<br />Quanto aos meios (projectores, pc´s ou vídeos) a minha experiência é a da escassez desses meios, por um lado, e de meios adequados e a funcionar convenientemente, por outro. Se juntarmos o meu cepticismo à aplicação de filmes na exploração de argumentação filosófica, estamos falados. Seria algo a que poderia dar alguma atenção (estudando, experimentando) caso tivesse alguma estabilidade e os meios estivessem facilmente disponíveis.<br />A terminar aproveito para sublinhar a importância de fazer sempre referências bibliográficas (filosofia e não só, claro). Na esperança que até possam ler alguma coisa na internet, por exemplo.<br />Um abraço e parabéns, mais uma vez. <br />Pelo trabalho claro, livre e partilhado.<br />Luís Vilela.LVhttps://www.blogger.com/profile/00162416043021287425noreply@blogger.com